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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2011

o contínuo descontínuo

hoje li que uma sonda espacial a vários milhares (seriam milhões? ou mais?) de anos-luz da terra foi atingida por uma descarga de positrões emitida por uma tempestade eléctrica (vulgo mega-trovoada) a decorrer nesse momento na namíbia. isso fez-me pensar uma vez mais sobre o valor das moléculas que a todos nos formam. agora acredito ainda mais piamente que quando espirro estou a emitir vibrações para andrómeda. que quando salto no ar estou a desviar a ionosfera o suficiente para fazer com que aquele meteorito não caísse no meio de oklahoma, mas sim num campo de milho ali perto. depois vejo as tuas moléculas. tão juntas e alinhadas que me parece impossível que uma explosão de uma bilha de gás em plutão as mova do sítio. pergunto-me se os seres imperfeitamente perfeitos conseguem quebrar este contínuo de matéria e ser imunes ao que quer que seja que os envolva (vou ser multado pela emel da língua portuguesa por usar demasiados 'q's nesta frase). no fundo, provavelmente, quando ...

desalinho

doces, suaves e frutados. é o que eu diria dos teus cabelos. sim, podes argumentar que são só cabelos. para mim são muito mais do que isso. são florestas tropicais nunca antes exploradas, com gnomos perdidos e orangotangos imitadores. são lençóis de água caminhando escondidos sobre a terra, com um brilho que desconfio ser do tão badalado elixir da vida. toda uma vida aí se passa. imagino milhões de pequenos operários cuja função de vida é manter o teu cabelo assim, como está neste momento. e é com peso na consciência que o desalinho, imagino-os todos a cair em desespero, a saltar para uma morte certa, a perder a função da sua vida. mas logo me passa, porque ele de novo ganha curvas fatais e percebo que é a perfeita demonstração de quão bela é a natureza. não é mais nem é menos que uma estrela cadente em noite de verão ou uma aurora boreal em noite de inverno. com a diferença que está aqui. que o posso tocar. e ter a certeza que eu também posso mudar a natureza, nem que seja por um mom...