passamos pela vida tão tão passageiramente que me pergunto porque damos o valor que damos ao definitivo? quando passamos as horas e os dias na ânsia do amanhã temos tendência a não conseguir brincar com o presente nem rir sobre o passado. é como se tivéssemos uma caixa cheia de legos de várias cores, tamanhos e formas, e não a despejássemos no chão do quarto para umas boas horas de brincadeira já a pensar no calvário (que não antónio) que será arrumar tudo de novo na caixa no final. não é isto uma ode anti-definitivo. há coisas definitivas que são boas, estão provavelmente na fundação do prédio que acabamos por ser (ou que achamos ser e que acreditamos ter fundações). mas se o prédio tem de ter uma estrutura que resista a ventos e tempestades, os inquilinos ou a decoração das paredes pode (deve?) variar para não se eternizar uma renda que nem actualizada pode ser porque assim ficou acordado há muitos anos. o encontro passageiro e inesperado é muitas vezes o catalizador do brilho no...
uma palavra vale mais que mil imagens.