Custa voar 10 horas para um destino (embora outros ainda fiquem mais longe...), mas a Jamaica é uma boa recompensa. As águas turquesa de Negril, o espírito relaxado (ou talvez "haxixado") de um povo muito pobre, mas ainda mais simpático, o significado de um grupo de amigos que partilham um pré-paraíso: a Jamaica é tudo isso e muito mais.
Não esperem é muita variedade musical, porque na terra do reggae o mesmo cd do Bob Marley ouve-se em todo o lado, do autocarro ao barco, do hotel ao mercado, das altas montanhas até debaixo do mar. E ninguém reclama!
Esqueçam a fama de ser um país violento, esqueçam o cricket (não vão aprender o raio das regras), esqueçam outras coisas (para isso basta fumarem muito...), mas não se esqueçam de aproveitar ao máximo cada dia nesta ilha.
Seja a andar de kayak, de catamaran, a fazer snorkeling, a mergulhar, a saltar dos rochedos do Rick's Café, todos nus a fazer festas tipo Eyes Wide Shut no Hedonism (ei... eu isto não fiz! Hmm, e também não saltei dos rochedos! Bem visto também não mergulhei com garrafa de oxigénio. Os outros pronto, está bem...), a fugir dos vendedores nos mercados, a ser confundidos com indianos, a subir cascatas ao lado de americanos velhos e gordos e crianças com dentição de leite... os dias são para ser ocupados.
E assim, ao sentirem as rodas traseiras do avião a dizer adeus ao chão jamaicano, sentem aquele quentinho no coração e a certeza de que, contrariamente ao que diz o Carlos Tê na voz do Rui Veloso, saberá sempre bem voltar ao lugar onde já se foi feliz.
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