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sóis

vivo enfrascado em ideias nos dias que passam. têm tanta consistência como as placas tectónicas para os lados do chile. o país, não a praça.

gostava de virar o sentido às coisas todas, mas por mais que procure não consigo encontrar a alavanca. não me podem dar um dia que comece com o sol a pôr-se e acabe com ele a nascer? ficaria sentado na doca da baía, a ver os barcos, que agora saíam em vez de entrar. marinheiros perdidos, com astrolábios que pareciam atingidos por um qualquer bug do ano-não dois mil. aviões em desespero perante rotas, sem perceber que de barriga para o ar chegariam ao mesmo lugar que era esperado. e pessoas em pânico, o mundo ao contrário, o que fazer? ninguém nos ensinou isso na escola. só aprendemos a viver o mundo direito, somos tão avessos ao avesso. se a escada rolante está avariada, até as pernas fraquejam quando lá entram porque não estão habituadas aquela imobilidade. muito menos arriscar subi-las ao contrário. isso fazem as crianças, ainda a viver na imaginação sem regras, e logo levam nas orelhas e já não comem gelado à conta disso...

mas enquanto não encontro essa alavanca, gostava pelo menos de saber como será o pôr-da-terra visto do sol?

Comentários

Lilá(s) disse…
Olá
Não sabia que ainda existia este "oranginalidade"!!! agora peço-te: quando souberes como é o "pôr-da-terra visto do sol", conta-me por favor...
Bjs

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