as pessoas acham sempre que vão chegar ao encaixe das almas só através do encaixe dos corpos.
se é verdade que os instintos que nos movem são na sua base animalescos e primitivos, também é verdade que aprendemo, uns melhor que outros, ao longo do tempo, a controlar esses instintos e a canalizar toda a energia que daí provém para vários fins. quem pretende fazer casas com sólidas traves de aço e um telhado muito bonito mas se esquece, entretanto, que as paredes e a decoração também fazem parte do pacote completo, corre o risco de acabar como ermita solitário, sentado no perene cimento de uma casa desabitada, onde tudo podia morar mas nada mora.
tanto o calor como o frio me trazem de volta a percepção da perda generalizada do momento, por estes dias que correm. a pressa de chegar não sabemos ainda bem onde tem tendência a roubar-nos a capacidade de criar polaroids com os olhos, e de manter preso no pensamento o momento em que lentamente removemos aquela migalha que ficou presa no canto da boca da outra pessoa. ou quando oferecemos o casaco porque a noite está um pouco mais fria do que se anunciou. quando nos ajoelhamos para apanhar o (inserir um milhão de possível objectos) que caiu da sua mala enquanto ela procurava o telemóvel. gestos pequenos. gestos sem importância. mas gestos que são e eram do tempo em que amar era muito mais do que fazer vistos numa checklist vendida e imposta pela pressa de ser feliz, esquecendo-nos que para ser feliz não é preciso pressa, é preciso é dedicação ao que se sente.
se é verdade que os instintos que nos movem são na sua base animalescos e primitivos, também é verdade que aprendemo, uns melhor que outros, ao longo do tempo, a controlar esses instintos e a canalizar toda a energia que daí provém para vários fins. quem pretende fazer casas com sólidas traves de aço e um telhado muito bonito mas se esquece, entretanto, que as paredes e a decoração também fazem parte do pacote completo, corre o risco de acabar como ermita solitário, sentado no perene cimento de uma casa desabitada, onde tudo podia morar mas nada mora.
tanto o calor como o frio me trazem de volta a percepção da perda generalizada do momento, por estes dias que correm. a pressa de chegar não sabemos ainda bem onde tem tendência a roubar-nos a capacidade de criar polaroids com os olhos, e de manter preso no pensamento o momento em que lentamente removemos aquela migalha que ficou presa no canto da boca da outra pessoa. ou quando oferecemos o casaco porque a noite está um pouco mais fria do que se anunciou. quando nos ajoelhamos para apanhar o (inserir um milhão de possível objectos) que caiu da sua mala enquanto ela procurava o telemóvel. gestos pequenos. gestos sem importância. mas gestos que são e eram do tempo em que amar era muito mais do que fazer vistos numa checklist vendida e imposta pela pressa de ser feliz, esquecendo-nos que para ser feliz não é preciso pressa, é preciso é dedicação ao que se sente.
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