cansei-me dos textos direitinhos porque estava imenso vento e não tinha mais forças para lutar.
o coelho gigante cor-de-rosa estava mais do que de acordo comigo. achei um bocado estranha aquela atitude dele de não parar de se rir a cada pessoa que passava junto de nós no banco de jardim. levantei uma das minhas sobrancelhas num gesto quase digno de ser premiado com um óscar e perguntei-lhe o que tinha assim tanta piada.
justificou-se durante uns cinco minutos. dos primeiros quatro minutos não vos consigo dizer grande coisa porque estava a dar trincadelas em cenouras gigantes e a mastigá-las enquanto falava. além de ser um gesto de pouca educação, dificulta consideravelmente que quem está a ouvir um coelho gigante consiga entender patavina do que ele está para ali a dizer.
no último minuto (entre o final do quarto e o final do quinto minuto, portanto) explicou-me que as pessoas eram todas muito parecidas e que isso lhe dava imensa vontade de rir. parece que na outra dimensão, onde ele vive noventa e nove por cento do tempo (se quiserem aplicar à vossa mania das vinte e quatro horas é questão de fazer as contas), os coelhos são todos diferentes. na fábrica dos coelhos existe uma máquina, segundo ele são quatro computadores gigantes interligados (têm anti-vírus e tudo!), que garante que cada novo coelho fabricado sai com uma cor diferente de todos os outros.
fiquei a pensar nisto durante algum tempo, sobretudo porque me pareceu problemático manter para sempre um número de combinações admissível para continuar a ter sempre coelhos com cor original. isto justificava no mínimo um controlo. foi assim que lhe sugeri que se criasse uma polícia do tom, responsável por identificar dois coelhos com uma cor eventualmente igual de modo a abater um deles e garantir a exclusividade dessa cor.
foi aprovado em assembleia e tem sido executado com uma quase perturbante perfeição. às vezes sinto-me um pouco mal por ser responsável por uma ou outra morte naquela dimensão, mas a verdade é que os coelhos gigantes que viajam entre dimensões são extremamente faladores.
o coelho gigante cor-de-rosa estava mais do que de acordo comigo. achei um bocado estranha aquela atitude dele de não parar de se rir a cada pessoa que passava junto de nós no banco de jardim. levantei uma das minhas sobrancelhas num gesto quase digno de ser premiado com um óscar e perguntei-lhe o que tinha assim tanta piada.
justificou-se durante uns cinco minutos. dos primeiros quatro minutos não vos consigo dizer grande coisa porque estava a dar trincadelas em cenouras gigantes e a mastigá-las enquanto falava. além de ser um gesto de pouca educação, dificulta consideravelmente que quem está a ouvir um coelho gigante consiga entender patavina do que ele está para ali a dizer.
no último minuto (entre o final do quarto e o final do quinto minuto, portanto) explicou-me que as pessoas eram todas muito parecidas e que isso lhe dava imensa vontade de rir. parece que na outra dimensão, onde ele vive noventa e nove por cento do tempo (se quiserem aplicar à vossa mania das vinte e quatro horas é questão de fazer as contas), os coelhos são todos diferentes. na fábrica dos coelhos existe uma máquina, segundo ele são quatro computadores gigantes interligados (têm anti-vírus e tudo!), que garante que cada novo coelho fabricado sai com uma cor diferente de todos os outros.
fiquei a pensar nisto durante algum tempo, sobretudo porque me pareceu problemático manter para sempre um número de combinações admissível para continuar a ter sempre coelhos com cor original. isto justificava no mínimo um controlo. foi assim que lhe sugeri que se criasse uma polícia do tom, responsável por identificar dois coelhos com uma cor eventualmente igual de modo a abater um deles e garantir a exclusividade dessa cor.
foi aprovado em assembleia e tem sido executado com uma quase perturbante perfeição. às vezes sinto-me um pouco mal por ser responsável por uma ou outra morte naquela dimensão, mas a verdade é que os coelhos gigantes que viajam entre dimensões são extremamente faladores.
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