Há três anos atrás acordei em Bellows. As palmeiras deixavam entrever o sol que nascia quente e forte. O cheiro das águas do Pacífico invadia a minha cabana. Levantei-me e saí para jogar uma partida de ténis com o meu pai. Ao fim de uma hora e de levar uma tareia do meu querido "veterano" cheguei à cabana e a minha mãe estava cá fora com um ar estranho. Disse-nos só: "Eu desliguei a televisão, parece que caiu um avião não sei onde, estão todos os canais a dar, desliguei logo".
Liguei o aparelho para ver o que se passava e fui confrontado com isto...
Image from CNN
A minha reacção foi sair da cabana a chorar de raiva e desatar a correr para a praia a perguntar "Porquê? Mas porquê?" e a imaginar-me envolvido numa nova guerra mundial.
Por ironia do destino, Bellows está situada na ilha de Oahu, Hawaii, e foi precisamente o primeiro sítio da ilha a ser atacado no ataque a Pearl Harbor. Não muito longe da minha cabana estava uma estátua a um morto atingido pelos aviões japoneses. Ali estava eu no local do maior ataque em solo americano até então...
Vivi esse dia e os dias seguintes no país onde o ataque aconteceu. Apesar de estar mais longe de NY do que se estivesse em Lisboa... vi mais de perto a apreensão das pessoas, tive de passar por checkpoints militares e vi os níveis de alerta serem elevados para o seu máximo.
O ataque a Nova Iorque atingiu-me profundamente. Tenho uma relação muito especial com a cidade e, recentemente, ao falar com amigos americanos apercebi-me que conheço muito mais a cidade e reconheço-me muito mais nela do que 99,9999999% do povo americano. Que se sentiu mesmo assim muito atingido pelos ataques.
Para quem não o viu, recomendo que vejam o filme "25th Hour" de Spike Lee, que é na minha opinião o melhor filme de 2003 e que tem, novamente na minha opinião, um dos melhores diálogos (na verdade um monólogo esquizofrénico) da história do cinema, onde as vivências e realidades de Nova Iorque são todas analisadas por Edward Norton frente a um espelho.
Como esta minha dissertação já vai longa, resta-me dizer que a minha NY será sempre a minha NY, minha segunda (às vezes primeira) cidade e que o skyline de Dowtown Manhattan será sempre assim...
Pelo menos no meu coração e na minha memória!!!
Liguei o aparelho para ver o que se passava e fui confrontado com isto...
Image from CNN
A minha reacção foi sair da cabana a chorar de raiva e desatar a correr para a praia a perguntar "Porquê? Mas porquê?" e a imaginar-me envolvido numa nova guerra mundial.
Por ironia do destino, Bellows está situada na ilha de Oahu, Hawaii, e foi precisamente o primeiro sítio da ilha a ser atacado no ataque a Pearl Harbor. Não muito longe da minha cabana estava uma estátua a um morto atingido pelos aviões japoneses. Ali estava eu no local do maior ataque em solo americano até então...
Vivi esse dia e os dias seguintes no país onde o ataque aconteceu. Apesar de estar mais longe de NY do que se estivesse em Lisboa... vi mais de perto a apreensão das pessoas, tive de passar por checkpoints militares e vi os níveis de alerta serem elevados para o seu máximo.
O ataque a Nova Iorque atingiu-me profundamente. Tenho uma relação muito especial com a cidade e, recentemente, ao falar com amigos americanos apercebi-me que conheço muito mais a cidade e reconheço-me muito mais nela do que 99,9999999% do povo americano. Que se sentiu mesmo assim muito atingido pelos ataques.
Para quem não o viu, recomendo que vejam o filme "25th Hour" de Spike Lee, que é na minha opinião o melhor filme de 2003 e que tem, novamente na minha opinião, um dos melhores diálogos (na verdade um monólogo esquizofrénico) da história do cinema, onde as vivências e realidades de Nova Iorque são todas analisadas por Edward Norton frente a um espelho.
Como esta minha dissertação já vai longa, resta-me dizer que a minha NY será sempre a minha NY, minha segunda (às vezes primeira) cidade e que o skyline de Dowtown Manhattan será sempre assim...
Pelo menos no meu coração e na minha memória!!!
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