o natal.
sem dúvida que é uma época com os seus altos e baixos. revisitamos a família, fazemos jantares de amigos, revemos o love actually e o home alone e aproveitamos, umas horas que seja, para ficar no quente do enrolado do sofá, a brincar às lareiras, verdadeiras ou fictícias.
mas o natal traz o pior da relativização humana. a teoria que é vendida às crianças de que o pai natal só traz prendas para as que se portaram bem é uma treta quase tão grande como a de girar tudo à volta da terra. convençam-se de uma coisa, o problema não é não existir pai natal, o problema é brincarmos todos nesta época ao jogo do faz de conta que todos são bonzinhos e merecem uma caixa de ferrero rocher. decerto que o pior dos violadores dos direitos humanos consegue construir uma pirâmide só com caixas de ferrero rocher. porque as recebe. porque dar presentes é social. faz parte do que nos é incutido desde novos, e é visto como uma pre-obrigação. quem não dá, nunca o não faz por convicção. é sempre assumido como um esquecimento. na pior das hipóteses.
não estou ácido hoje. só acho que devíamos aproveitar esta época de proclamada paz e harmonia, para a organizar na entropia de discriminar quem merece um ferrero rocher ou quem merece uma folha em branco. ou nem isso, que até pode ser uma forma de arte.
eu sonho com um natal branco. mas branco de neve. não de branqueamento de um ano de falta de valores, tapado à pressa com uma mão cheia de azevinho e o primeiro livro que estava na prateleira do top de vendas da bertrand.
sem dúvida que é uma época com os seus altos e baixos. revisitamos a família, fazemos jantares de amigos, revemos o love actually e o home alone e aproveitamos, umas horas que seja, para ficar no quente do enrolado do sofá, a brincar às lareiras, verdadeiras ou fictícias.
mas o natal traz o pior da relativização humana. a teoria que é vendida às crianças de que o pai natal só traz prendas para as que se portaram bem é uma treta quase tão grande como a de girar tudo à volta da terra. convençam-se de uma coisa, o problema não é não existir pai natal, o problema é brincarmos todos nesta época ao jogo do faz de conta que todos são bonzinhos e merecem uma caixa de ferrero rocher. decerto que o pior dos violadores dos direitos humanos consegue construir uma pirâmide só com caixas de ferrero rocher. porque as recebe. porque dar presentes é social. faz parte do que nos é incutido desde novos, e é visto como uma pre-obrigação. quem não dá, nunca o não faz por convicção. é sempre assumido como um esquecimento. na pior das hipóteses.
não estou ácido hoje. só acho que devíamos aproveitar esta época de proclamada paz e harmonia, para a organizar na entropia de discriminar quem merece um ferrero rocher ou quem merece uma folha em branco. ou nem isso, que até pode ser uma forma de arte.
eu sonho com um natal branco. mas branco de neve. não de branqueamento de um ano de falta de valores, tapado à pressa com uma mão cheia de azevinho e o primeiro livro que estava na prateleira do top de vendas da bertrand.
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Cantomello