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Especial Legislativas 2005 (Entrevista 4)



Quarto dia, quarta entrevista. Desta vez o candidato desvendado pelo Oranginalidade é, nem mais nem menos, do que o rei do frio, o Abominável Homem das Neves. Assim, deslocámo-nos ao Nepal, onde ele se encontra de momento para uma breve conversa com ele:

Oranginalidade - Muito boa noite, Abominável!
Abominável Homem das Neves - Boa noite!
O - Vamos lá a saber então, porque é que um monstro tão famoso se candidata a Primeiro-Ministro de Portugal?
AHDN - Pois sabe... é uma questão de ambição, nunca sei onde parar. Só que eu tenho uma doença e a minha ambição é ao contrário. Primeiro quis ser Presidente dos EUA... não deu! Depois tentei ser eleito Primeiro-Ministro do México... voltou a não dar! Procurei o meu espaço como Presidente da Câmara de Kathmandu... foi mentira! A semana passada perdi as eleições para Presidente da Sociedade Filarmónica e Recreativa dos Sherpas do Monte K9... e olhe... para bater no fundo... candidatei-me a Primeiro-Ministro de Portugal!
O - E como é que o Abominável pensa resolver os problemas do país?
AHDN - Isso é fácil. Conto com o meu primo, o João César das Neves. É um excelente economista e fica ele encarregue de todo o trabalho!
O - E qual o seu papel no meio disso tudo?
AHDN - O costume. Eu assusto! Assusto quem quiser fugir ao Fisco. Assusto quem quiser fazer mal aos portugueses. Assusto até o Luís Filipe Vieira, medida que penso... me trará muitos votos.
O - E para abreviar, já que este frio está de morte, porque é que acha que os portugueses devem votar em si?
AHDN - Eu explico... Não sou bruxo como o Karamba, não sou balelas como o Taborda, não sou aberrante como o Jackson e o Branco, sou pura e simplesmente... Abominável.
O - E por último, como reage a quem lhe chama Yeti?
AHDN - Reajo mal, reajo mal. Yetis são as mães deles, é o que lhe posso dizer!

(com a irritação desta frase, levámos um sopro tal, que ainda estamos de cama a recuperar das múltiplas fracturas da queda dos Himalaias. Raios mais a estes candidatos... E depois ainda para mais, quase ninguém lê estes trabalhos, tão dolorosos de efectuar...Xiçaaaaaaaaaaaaa)

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