se há coisa que aprendi bastante nos domingos de manhã da minha infância foi como a natureza funciona. também aprendi que a feira do relógio tinha um rico pão com chouriço e que cair em cima da cal dos campos de futebol pelados queimava a pele, mas isso talvez não tenha tanta importância para o assunto de hoje.
bebendo pelos olhos todos os programas que o ecrã teimava em expulsar, fosse a vida selvagem inglesa ou o outro a esconder-se atrás de arbustos, aprendi várias lições que ficaram para a vida. uma delas tinha a ver com o padrão de acasalamento das zebras. as zebras, sejam macho ou fêmea, têm uma característica engraçada, a de perderem a atracção por uma zebra do sexo oposto que faça a corte a todas as zebras que se mexem (e mesmo a uma ou outra mais estática do que uma múmia egípcia). quando isso acontece, não só perdem a atracção como a cor das suas listas até se pode inverter. as listas brancas passam a pretas e vice-versa, é a forma que a natureza tem de metaforicamente abanar a cabeça em sinal de desaprovação.
como é óbvio esta história não é mais do que uma invenção da minha cabeça. já a lição...
Comentários
Muito bem dito!