Acordo! Rapidamente estou pronto e saio pela porta do hotel. Brrrrrr! Gelo! É como se corresse um glaciar por esta 7th Avenue abaixo... Não há roupa que chegue! Desço até à esquina e ali está a minha salvação. Abençoada bancadinha com um indiano (ou paquistanês, ou birmanês, ou whatever...), de onde emana o cheiro viciante do café da manhã. Peço o meu Donnut e o meu Hot Chocolate... e estes vão comigo descer a avenida!
Lá ao fundo, mais minuto, menos minuto, chega-se ao sítio onde o que foi já era, mas também onde o que foi ainda é, pois permanece lá... que mais não seja, no espírito de quem ali passa todos os dias... e mesmo no de quem não passa, mas é como se passasse.
Mais umas voltinhas, mais umas bagatelas chinesas, e pelo meio da agitação financeira pré-almoço, lá chego ao Pier para me sentar numa esplanada e saborear marisco com Brooklyn do outro lado do East (para os alternativos, também é um programa digno comer gomas no banquinho da varanda no shopping center do Pier... a olhar para a Brooklyn Bridge). E esta ponte é desafio para o início de tarde. Atravessá-la, voltar, e meter logo a direito em direcção à praça do City Hall.
Segue-se a Broadway, boa companhia para a tarde! Com o aproximar da hora de saída dos trabalhos, começa a notar-se uma enchente, mas não é uma enchente qualquer... Parece que alguém ali chegou e despejou de tudo um pouco. De portugueses a chineses, de puerto-riqueños a filipinos... todos partilham o espaço. Tenho ainda tempo para parar e lanchar num Starbucks (e que difícil é hoje em dia encontrar um destes na cidade... ou então não...). Em velocidade de cruzeiro meto, não a quinta, mas sim pela Quinta e subo. Espanto-me com as lojas, perco-me nas Barnes & Nobles, entro em delírio na FAO Schwarz...
E quase que o melhor do programa está guardado para o fim de tarde... Entro no Central Park e o que observo é um espectáculo indescritível. Ele são patins, bicicletas, soccer, baseball, beach-volley... crianças, adolescentes, jovens, adultos, velhotes... parece que o circo chegou à cidade! Se calhar é mais a cidade que é um verdadeiro circo. E sinto o pôr-do-sol em Central Park, deslumbrante... rouba as cores das folhas das árvores e esbate-se contra as torres de luxo que o rodeiam.
Para terminar o dia, passo pela Times Square, a esta hora mais volátil que nunca! E tudo continua em movimento... as lojas, as pizzerias, o Dunkin Donnuts... nada pára aqui!
E com um sorriso na cara, lá desço os quatro ou cinco quarteirões de Sétima que me separam do meu porto de abrigo. E antes de adormecer... ainda me dou ao luxo de olhar uma última vez pela janela e dizer boa noite ao Empire State Building, todo colorido e alegre...
Well...you know...it's like anything else!
(Um abraço ao meu amigo DSG, companheiro de uma das minhas incursões a NY, e com o passo leve que é preciso para palmilhar quilómetros e quilo...opss...milhas e milhas em cada dia, mesmo aparecendo o John Malkovich a fazer olhar para trás!)
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