Olho das muralhas de Siena e perco-me na imensidão da Toscana... terra de vinhas, terra de grandes quintas, terra de uma beleza irresistível.
Depois da minha contemplação, dou meia-volta (não uma de 360º como as que a vida do Futre dava) e embrenho-me numa das ruas apertadinhas deste doce de terra. Olho para as casas, todas tão iguais, todas tão diferentes, a roupa suspensa dos estendais (como só os mediterrânicos sabem ter...), a cor pastel que reflecte o sol ainda bem alto...
Lá mais à frente, sento-me numa esplanada para comer um delicioso gelado de baunilha... Em Siena têm um sabor ainda mais italiano... um sabor ainda mais especial. Peço também um expresso da Alessandro Nanini, afinal... à terra o que é da terra. E observo um verdadeiro artista, que se socorre duma palete de cores impressionante para deixar na tela a marca do que vê.
Pago a conta, agora reduzida... que saudades das liras que nos traziam números tão caricatamente elevados... e avanço para dobrar a esquina e chegar ao local do meu Palio. Sem o bulício das corridas, Il Campo é imenso, e a torre que o destaca, imponente.
Saudosismo... é o que sinto aqui... que bom seria ver a Siena medieval do século XIV, embora, pelo menos paisagisticamente, pouco tenha mudado!
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