Há terras diferentes.
Há terras em que as pessoas não são meros habitantes.
Há terras em que as pessoas têm orgulho em dizer que são de lá.
Bergen é uma terra às direitas.
Em Bergen, as crianças são desde muito pequenas ensinadas a gostar da sua cidade. São ensinadas a vestir-se com os trajes da sua cidade. Todos os anos treinam a marchar, a cantar e a declamar... até que chegada certa idade, sentem o orgulho de participar na Parada de Bergen, em que numerosos jovens desfilam perante os olhos de todos os orgulhosos bergenses.
E até um dialecto próprio esta gente tem.
E lá vão vivendo, entre os fjordes e os glaciares, entre o salmão e a pesca da baleia, entre o baixo Bergen Brygge e o alto monte onde só se chega de funicular. Freneticamente, Bergen vai existindo todos os dias... e para quem vem de fora... resta concluir: não é, de facto, difícil ter orgulho em algo assim!
Ponham-se os olhos nos Bergenses e dê-se mais valor ao que sentimos como nosso. Mas não apenas num plano conceptual... de boas intenções está o Inferno cheio. Faça-se por isso, por menores que sejam os nossos gestos. Por mais que nos custe, é como nos dizia Pessoa...
"Falta cumprir-se Portugal!"
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