a vantagem dos pensamentos aleatórios é que começam aqui e acabam ninguém sabe muito bem onde. acredito que os pássaros também voem assim. têm a mania de inventar que não. que voam em bando. muito organizados. que com jeitinho até escrevem YMCA no céu ao som da música. mas isso é tudo uma farsa. há é decerto um pássaro mais esperto que os outros. consegue convencer o resto do bando a voar para um lado qualquer ficando com o caminho livre para arrastar a asa à senhora dona passarinho da sua eleição. nem usei o feminino de pássaro porque vocês têm mentes maldosas e retorcidas e isto é praticamente uma casa de família sem a parte da família.
felizmente o pássaro deve ser um bicho com pouca memória. tirando o papagaio que traz um gravador instalado. já os outros, vão voando voando, e a meio esquecem-se de para onde estavam a voar. entram em stress e quem paga são os capots dos carros, vítimas de tiros mais certeiros do que certas indirectas que ninguém percebe.
mesmo voando sem saber para onde vão os pássaros são felizes. porque andam no céu. brincam à chuva. vêem o arco-íris de perto. sorriem de bico aberto às auroras boreais. ficam com pele de galinha (?!) ao ver passar um pássaro daqueles de ferro a fazer fiu-fiu. e comem minhocas. como aquelas que usam para fazer o hamburger mais tenrinho.
eu sei que a história das minhocas não passa de um mito. mas os mitos não são mais do que brincadeiras que deixamos passear na mente para que a felicidade possa ser servida numa bandeja de prata com toalhete de limão para refrescar as mãos. e que bem que sabe ser feliz.
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