a nossa mania de olhar para as coisas sem ser do tamanho que são deixa-nos sempre no limiar do risco de não conseguir ver tudo o que elas comportam.
aos nossos olhos o nevoeiro são apenas nuvens que decidiram ser um pouco mais pesadas e assentar sobre a terra como uma camada de chantilly se acomoda num bolo, toldando o caminho, dificultando a distância, humidificando o pensamento e as ideias. tenho para mim que o nevoeiro é um método de concentração. grita por todas as gotas "concentrem-se, vá, não olhem lá para o fundo que não dá para ver. hoje é para olhar para esse canteiro aí ao pé e dar atenção às joaninhas a trepar plantas".
diz a tradição popular que se sonha mais quando há nevoeiro. diz a minha experiência que isso é bem capaz de ser verdade. diz a minha imaginação que isso faz todo o sentido, desde que se assuma que as moléculas de água são óptimos vagões de transporte de sonho e que, em dias de nevoeiro, a linha de caminhos de ferro dos sonhos se encontra em todo o seu esplendor. deve haver qualquer nuance científica para isto, mas eu hoje ainda nem comi os meus cereais, por isso deixem-se lá de ciência tão cedo.
outra hipótese é bem mais macrocósmica. imagino gigantes (meio invisíveis aos nossos olhos) que vivem universo fora e que usam a terra como o seu spa. os oceanos como jacuzzi. as montanhas como banquinhos. e o nevoeiro, provavelmente, corresponde à sua sauna. acho que vou tentar confirmar se isto não será verdade. mas só depois de comer os cereais.
aos nossos olhos o nevoeiro são apenas nuvens que decidiram ser um pouco mais pesadas e assentar sobre a terra como uma camada de chantilly se acomoda num bolo, toldando o caminho, dificultando a distância, humidificando o pensamento e as ideias. tenho para mim que o nevoeiro é um método de concentração. grita por todas as gotas "concentrem-se, vá, não olhem lá para o fundo que não dá para ver. hoje é para olhar para esse canteiro aí ao pé e dar atenção às joaninhas a trepar plantas".
diz a tradição popular que se sonha mais quando há nevoeiro. diz a minha experiência que isso é bem capaz de ser verdade. diz a minha imaginação que isso faz todo o sentido, desde que se assuma que as moléculas de água são óptimos vagões de transporte de sonho e que, em dias de nevoeiro, a linha de caminhos de ferro dos sonhos se encontra em todo o seu esplendor. deve haver qualquer nuance científica para isto, mas eu hoje ainda nem comi os meus cereais, por isso deixem-se lá de ciência tão cedo.
outra hipótese é bem mais macrocósmica. imagino gigantes (meio invisíveis aos nossos olhos) que vivem universo fora e que usam a terra como o seu spa. os oceanos como jacuzzi. as montanhas como banquinhos. e o nevoeiro, provavelmente, corresponde à sua sauna. acho que vou tentar confirmar se isto não será verdade. mas só depois de comer os cereais.
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