há muita coisa que me deixa indignado. mas uma das que mais indignado me deixa é a humanidade ter as suas prioridades todas trocadas.
não consigo conceber que o homem já tenha ido à lua mas ainda não tenha tratado com cuidado um assunto de muitíssimo maior importância - o equilibrismo de café.
se o meu objectivo fosse ser equilibristo-malabarista ter-me-ia inscrito no chapitô ou trabalhava no circo atlas em vez de ir tomar o pequeno-almoço a um qualquer café. fico sempre na dúvida se estou ali para tomar pacatamente a primeira refeição do dia ou para participar numa versão renovada dos gladiadores americanos. peço um galão, que chega todo garboso no seu copo alto, e pespegam com o dito num pequeno e ridiculamente instável pires. entretanto dão-me outro pequeno prato com um croissant em equilíbrio instável. pego nesses dois companheiros e inicio a desafiante prova de atravessar toda uma sala cheia de gente plena da sua fúria matinal, aquela raiva de quem tem pressa de ir fazer o que não gosta, que se acotovela entre si, dificultando o meu objectivo final de alcançar uma mesa (esta habitualmente decorada de migalhas como se de uma obra de arte se tratasse).
concentrem-se nisto, senhores. arranjem luvas que colem ao copo do galão. pacotinhos de vidro para transportar o casamento de leite e café quentes no seu interior. ou um pires que funcione em regime de pega-monstros. agora fazerem-me pagar para provas de equilibrismo é que não tem jeito nenhum.
(p.s.: eu não tomo o pequeno-almoço fora de casa. muito menos servem galões nos estados unidos da américa. ó arte, a quanto obrigas!)
não consigo conceber que o homem já tenha ido à lua mas ainda não tenha tratado com cuidado um assunto de muitíssimo maior importância - o equilibrismo de café.
se o meu objectivo fosse ser equilibristo-malabarista ter-me-ia inscrito no chapitô ou trabalhava no circo atlas em vez de ir tomar o pequeno-almoço a um qualquer café. fico sempre na dúvida se estou ali para tomar pacatamente a primeira refeição do dia ou para participar numa versão renovada dos gladiadores americanos. peço um galão, que chega todo garboso no seu copo alto, e pespegam com o dito num pequeno e ridiculamente instável pires. entretanto dão-me outro pequeno prato com um croissant em equilíbrio instável. pego nesses dois companheiros e inicio a desafiante prova de atravessar toda uma sala cheia de gente plena da sua fúria matinal, aquela raiva de quem tem pressa de ir fazer o que não gosta, que se acotovela entre si, dificultando o meu objectivo final de alcançar uma mesa (esta habitualmente decorada de migalhas como se de uma obra de arte se tratasse).
concentrem-se nisto, senhores. arranjem luvas que colem ao copo do galão. pacotinhos de vidro para transportar o casamento de leite e café quentes no seu interior. ou um pires que funcione em regime de pega-monstros. agora fazerem-me pagar para provas de equilibrismo é que não tem jeito nenhum.
(p.s.: eu não tomo o pequeno-almoço fora de casa. muito menos servem galões nos estados unidos da américa. ó arte, a quanto obrigas!)
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