Avançar para o conteúdo principal

Pérolas do derby



Não, não vou falar do jogo... Disso já vocês ouviram bastante e, além disso, o meu "fanatismo" clubístico iria turvar o meu post e o mais provável era que só me referisse a duas pérolas: o Moreira e o golaço do Geovanni. Mas não vou apontar por aí para não chatear os futuros terceiros classificados da SuperLiga.

As melhores pérolas nestas situações são as jornalísticas. Ora vejamos...

- Emissão especial da SIC Notícas pré-derby... A estação de Carnaxide tinha dois repórteres no exterior do Alvalade XXI, um de cada lado do mesmo, que iam passando a emissão entre eles. Para quem estava a ver, não deixou de ser muito apelativo ver o mesmo homem a ser entrevistado duas vezes. A primeira coisa que eu pensei foi: "Mas eu não conheço esta cara de algum lado?"... É, parece que era o mesmo de cinco minutos antes, com o mesmo discurso de culpabilização dos árbitros...

- Emissão volta ao estúdio, onde o pivô pede desculpa ao Veloso e ao Dr. Eduardo Barroso por terem estado meia-hora à espera... O Doutor estava fulo e desancou brutalmente no pivô e na SIC... o jornalista que não sabia muito bem de que terra era, pergunta-lhe: "Então? O que espera deste derby?". A simpática resposta... "O que é que espero? Não espero nada... O que é que havia de esperar? Quero que o Sporting ganhe mesmo que jogue mal! Não sei porque é que me convidam para vir dizer estas banalidades absurdas...". Bonito!

- Na transmissão... Confirma-se! Gabriel Alves está como o vinho do Porto, quanto mais velho melhor... Que bem que sabe ouvi-lo interromper o colega para dizer com uma entoação "shakespeariana": "Paulo Catarro, senhores telespectadores, atenção, muita atenção! Moreira está inspirado!". Não percebo porque é que o Marco Horácio nunca mais convida o Gabriel Alves para ir ao "Levanta-te e Ri", mas enfim...

- No rescaldo... Dias da Cunha. Eu não tenho nada contra o presidente do SCP e até acho que ele tenta fazer um bom trabalho, mas está cada vez mais caquético. E a ideia de vir dizer que a invasão da claque sportinguista foi provocada porque houve um livre marcado ao contrário para aí um minuto ou dois antes do golo do Benfica... Ai... Alzheimer custa... Estes idosos...

- O mais brilhante! Rui Santos, no rescaldo da SIC Notícias, mostra-se como forte candidato à sucessão de Gabriel Alves no papel de comentador de futebol mais absurdo das terras lusas. Explica ele a Pedro Mourinho: "Mas atenção... Os adeptos que invadiram o relvado estavam sobre o efeito de alguma coisa... Não reparou que vários elementos caíram durante a corrida? Não pode haver álcool nos estádios de futebol!". Ainda agora me estou a rir desta teoria. É que Rui Santos tem mesmo razão... só acho é chato o Luisão ter ido confraternizar e beber uns copos com a JuveLeo antes do jogo... porque também estava sempre a escorregar nesse mesmo relvado. Ah! Com a agravante de ter pitons nas chuteiras e não ténis, como os pobres adeptos que só queriam bater nos suplentes e guarda-redes do Benfica...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

À terceira é de vez!!!

Como tenho muita lata... este post é na linha de dois recentes... (um deles mesmo recentíssimo, o meu último) e trata da adaptação, não de séries (porque somos muito oranginais por estas bandas e isso depois na verdade tornar-se-ia repetitivo... quer dizer... até parece que assim não...), mas sim de filmes estrangeiros, para português. São novidades muito secretas e portanto só espero que tenham bastante cuidado na divulgação das mesmas (ao dizer isto espero que as publicitem, bem como a vinda aqui ao meu "little corner", numa jogada minha à laia d'"o fruto proibido é o mais desejado"). - Tó Pegane : história de um filho de uma ex-emigrante "na França" (daí a sempre típica mescla do nome António com o Pegane do francês com quem a senhora se casou). O rapaz entra para a Força Aérea, e depois há para lá umas intrigas. Ah! Na cena mais espectacular do filme, Tó Pegan faz um cozido à portuguesa, utilizando para aquecimento dos ingredientes a barriga

na moda

Está na moda escrever sobre o amor. O truque é pintar o dito de lugares comuns e adornar o produto final com duas ou três asneiras das pesadas para emanar pseudo-rebeldia. O conjunto de palavras é tão bonito e tem uma força tão positiva que o que está mesmo a pedir é para ser posto num rectângulo, acompanhado de uma imagem do pôr-do-sol/paisagem verdejante/gatinhos/silhueta de um ou dois corpos (riscar o que não interessa) e feito, está pronto a sair do forno para esse sufrágio universal que são as redes sociais. Está na moda gostar dessa visão do amor. Que tenta copiar alguns traços dos mestres mas que os copia mal e porcamente, borra a tinta toda, mas encontra destinatários com a visão tão baça que nem dão por isso. Dantes havia o condão de ficar preso às letras do Shakespeare, do James, do Cummings e de tantos outros. Todos eles vieram por aí fora, ainda há bem pouco tempo dava para jogar à macaca com o Cortázar, mas está tudo a trocar a macaca por meia dúzia de macacos, que ap

Reset

00:00 Os números piscavam a vermelho no fundo escuro. O escuro era da noite por fora, por dentro a culpa não era da noite. Ou então era de noite também por dentro. Dentro da cabeça uma pulsação contínua, um incessante martelar, uma inequívoca prova de vida e um considerável incentivo à morte. O dia rodava dentro da caixa craniana a uma velocidade superior àquela com que camisolas, calças e roupa interior dançam dentro da máquina de lavar roupa. As ideias misturavam-se de tal modo que apenas se conseguia lembrar da receita de um bolo. As preocupações de ontem a fazer de farinha, o que de novo aconteceu nesse dia mascarado de fermento, todos os planos para amanhã e depois com cara de ovos acabados de deslizar casca fora. E a vida, essa batedeira eléctrica de último modelo, a tratar de misturar tudo com a pressa de quem tem fome e gulodice. Sorriu no escuro e sentiu felicidade por sentir os músculos da face a relaxar. Uma das melhores coisas que o sorriso tem é a capacidade de pôr as