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Indiana Jones português



Há cerca de 15 dias atrás, subi umas escadinhas em direcção à entrada da pirâmide de Mikerinos, no complexo de Pirâmides e Esfinge em Giza... Quando chego lá acima, o mal encarado egípcio que estava a controlar se ninguém levava máquinas fotográficas apalpou-me os bolsos e saiu-se com um irritado "Cell phone with camera! Go away! No enter!". Maravilha... tive de abandonar o grupo em que ia e voltar para trás para deixar o telemóvel cá fora. Depois dessa tarefa, lá voltei para a entrada da dita pirâmide...

A guia avisou antes: "As pirâmides não têm nada! Não são como os outros templos ou túmulos que temos visto! Não há pinturas, não há sarcófagos, não há rigorosamente nada, só os túneis!" Mas como toda a gente tem a mania que é Indiana Jones, as filas para entrar na pirâmide são de dezenas de pessoas e como tal... quem observar a situação vê algo de semelhante a dois carreiros de formigas, um a entrar e o outro a sair da pirâmide.

Entre americanos e italianos lá consegui entrar... num túnel com menos de metade da minha altura, onde o chão tem umas traves transversais para que não se escorregue na descida inclinada, e em que o ar é abafadíssimo e com baixos nivéis de oxigénio. A iluminação, perguntam-se vocês? É "assegurada" por umas ténues luzitas que correm ao longo do comprimento do túnel. De repente, já eu tinha andado uns bons cinco minutos... a luz apaga-se! Assim sem mais nem menos... Acreditem que até os não-claustrofóbicos como eu... se claustrofobizam um bocadinho...

Alguns gritam de pânico, outros viram para a saída e tentam acelerar, mas vá lá... no conjunto a calma até foi mantida, mas, por momentos... a brincadeirinha à Indiana Jones deixou de ter tanta piada... E então, qual egípcio de há milhares de anos, lá se foi tacteando a parede até finalmente ver a chamada "luz ao fundo do túnel" e alcançar a saída. Do fim do caminho é que não se viu nada... e se vocês quiserem ver, desçam vocês!!! Que a mim não me apanham lá tão cedo...

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