Acordar às quatro e meia da manhã não é tarefa fácil. Mas quando o objectivo "merece a pena" (e acreditem que há quem não conheça há muito tempo esta expressão), esses pequenos "sacrifícios" são rapidamente compensados.
Primeiro vai-se lidar com a morte, já que, desde cedo, as visitas começam pelos túmulos faraónicos do Vale das Rainhas e do Vale dos Reis. A altura das câmaras funerárias e as fabulosas pinturas nas paredes são como um banho relaxante, que logo faz esquecer a hora do dia. Também o sol, que vai queimando lá bem do alto, nos faz parecer que é meio-dia e não oito da manhã.
Segue-se o incrível templo da rainha Hatshepsut (o que está na foto) e para continuar numa de templos... o tempo é ocupado até meio da tarde pelos templos de Luxor e Karnak. Em todos eles estão estampados sete ou oito milénios de história, e é isso que mais fascina. Não que o que vemos dos gregos ou dos romanos seja menos impressionante, mas, além de estar mais próximo de nós no tempo... percebo agora aqui que são muitas as influências arquitectónicas e culturais recebidas por esses povos. Obviamente não os podemos acusar de "plágio" civilizacional, mas é quase óbvio que em muitos aspectos vieram realmente "pescar" ideias por estes lados...
(escrito a 7 de Abril de 2004 no Cairo)
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