adoro as convenções. a bem ver odeio-as. mas como adoro a ironia apeteceu-me começar o meu texto com uma ironia. gosto tanto da ironia. mas sobretudo de quando alguém não a entende e eu repito a minha piada parva (poderei eu chamar a isso uma piarva?) de que "irony" não é só um relógio da swatch. acabo de fazer publicidade e agradeço que a famosa marca suíça me transfira o respectivo valor para a conta. obrigado.
pondo alguma ordem (ou será desordem?) no que quero escrever, é magnífico como noventa e nove vírgula nove nove nove nove por cento da mole que habita este planeta encarrila em organizar em gavetas perfeitinhas o caos próprio do pensamento e da personalidade, na mesma mania mecanística e maquinística das carruagens de ferro que encarrilam no sítio devido quando atravessam países e países. por definição de normalidade entende-se aquilo que a maior parte da multidão é.
os loucos são obviamente diferentes. mas o curioso é que os diferentes também contam como loucos. o desvio é sempre visto como uma agressão. o querer sentir ou experimentar de outra maneira é sempre visto como um crime, como estupidez, como insensatez, ou como qualquer outra coisa, acabada em 'ez' ou não acabada em 'ez', que permita que o bolo do círculo forme um conjunto que olha com ar reprovador para o indelicado ostentador de uma realidade fora do círculo.
se há coisa que ainda não conseguiram condicionar, excepto nos livros de ficção científica, é o livre arbítrio. lamento, mas não conseguiram. não me falem de exemplos, porque eles não existem. os escravos? horrível e lamentável situação, mas podem a qualquer momento pegar numa pedra e esfolar o escravador até ao último grito. os fiéis devotos? não lhes tiraram o livre arbítrio, quando muito abdicaram dele.
sendo o livre arbítrio omnipresente (em qualquer universo, em qualquer casa de botão ou do tabuleiro do monopoly) era interessante que, a pouco e pouco, o círculo desse conjunto se fosse fechando, e cada vez mais indivíduos conseguissem perceber que bem mais importante do que os anos que alguém leva da vida é a vida que leva desses anos (a frase não é minha, é do lincoln, não o carro, mas sim o tipo de barbicha que aparece nas notas de cinco dólares).
ah, e já agora, todo o tempo que se perde a condenar aquilo que supostamente é a loucura ou o desvio, acreditem que era tão mais bem utilizado a aproveitar para olhar para as coisas com olhos de ver, a ver a luz que emana de um livro numa estante ou as vinte cores, e não sete, que o arco-íris tem.
no dia em que morrerem, muito mais importante do que levarem ou não a etiqueta de louco, é terem a certeza de que morrem felizes, parte do conjunto ainda mais infinitamente minesimal dos montes de moléculas que atravessam a terra e a água desta rocha mais-ou-menos esférica, que é a terceira a contar do sol (contagem para quem vem de lá, já agora).
pondo alguma ordem (ou será desordem?) no que quero escrever, é magnífico como noventa e nove vírgula nove nove nove nove por cento da mole que habita este planeta encarrila em organizar em gavetas perfeitinhas o caos próprio do pensamento e da personalidade, na mesma mania mecanística e maquinística das carruagens de ferro que encarrilam no sítio devido quando atravessam países e países. por definição de normalidade entende-se aquilo que a maior parte da multidão é.
os loucos são obviamente diferentes. mas o curioso é que os diferentes também contam como loucos. o desvio é sempre visto como uma agressão. o querer sentir ou experimentar de outra maneira é sempre visto como um crime, como estupidez, como insensatez, ou como qualquer outra coisa, acabada em 'ez' ou não acabada em 'ez', que permita que o bolo do círculo forme um conjunto que olha com ar reprovador para o indelicado ostentador de uma realidade fora do círculo.
se há coisa que ainda não conseguiram condicionar, excepto nos livros de ficção científica, é o livre arbítrio. lamento, mas não conseguiram. não me falem de exemplos, porque eles não existem. os escravos? horrível e lamentável situação, mas podem a qualquer momento pegar numa pedra e esfolar o escravador até ao último grito. os fiéis devotos? não lhes tiraram o livre arbítrio, quando muito abdicaram dele.
sendo o livre arbítrio omnipresente (em qualquer universo, em qualquer casa de botão ou do tabuleiro do monopoly) era interessante que, a pouco e pouco, o círculo desse conjunto se fosse fechando, e cada vez mais indivíduos conseguissem perceber que bem mais importante do que os anos que alguém leva da vida é a vida que leva desses anos (a frase não é minha, é do lincoln, não o carro, mas sim o tipo de barbicha que aparece nas notas de cinco dólares).
ah, e já agora, todo o tempo que se perde a condenar aquilo que supostamente é a loucura ou o desvio, acreditem que era tão mais bem utilizado a aproveitar para olhar para as coisas com olhos de ver, a ver a luz que emana de um livro numa estante ou as vinte cores, e não sete, que o arco-íris tem.
no dia em que morrerem, muito mais importante do que levarem ou não a etiqueta de louco, é terem a certeza de que morrem felizes, parte do conjunto ainda mais infinitamente minesimal dos montes de moléculas que atravessam a terra e a água desta rocha mais-ou-menos esférica, que é a terceira a contar do sol (contagem para quem vem de lá, já agora).
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