Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2012

revisão da matéria dada

é praticamente universal o estudo dos fenómenos da natureza enquanto parte dos currículos escolares (pelo menos nos sítios que possam ter um currículo escolar não creacionista). numa fase em que a formação da personalidade está em pleno ponto de ebulição, somos sujeitos a explicações, sucintas ou extensas, sobre o porquê de a natureza ser o que é e funcionar como funciona. ensinam-nos, assim, como funcionam as rodas dentadas e os ponteiros deste relógio que todos habitamos. tal como num relógio suíço, o cerne da questão não se limita à máquina. (tantas piadas que se podiam inserir aqui envolvendo cern e suíça. mas depois achavam-me demasiado nerd e não posso correr esse risco, já gastei os meus créditos da vossa bondade ao usar um advérbio de modo logo no início do parágrafo anterior). o que não vem nos livros, pelo menos nos da escola, é que temos de aprender a respeitar a força e a história por trás da máquina. um relógio suíço (dos originais, dos feitos à mão, dos que são caros

o porquê de não sair da idade dos porquês

a hora da morte. quem trabalha num hospital sabe bem o que isso significa. quem vê séries sobre o que se passa num hospital fica mal informado a respeito de muita coisa mas nesse aspecto não é totalmente desinformado. há de facto que declarar uma hora para a morte biológica. exacta. aproximada. depende. mas o mundo adora etiquetas e a hora da morte tem de ser mais uma. o peso carregado pela morte biológica é inexcedível. milénios de tradições e crenças, mais ou menos adaptadas, reflectem sobre a morte, sobre o que se deve seguir a curto prazo, sobre o que se vai seguir a longo prazo, sobre o modo de celebração ou luto. que são conversas para outro dia. preocupa-me que se questione pouco a morte não-biológica. vivemos numa sociedade que tem um íman cada vez mais potente para tratar disso mais cedo. na minha humilde opinião a morte não-biológica chega no dia em que deixamos de perguntar porquê. a questão não deve perturbar a delícia, deve inversamente melhorar a sua e

filtro para extremos

sei que o ditado diz que os extremos se tocam. isso é aplicável na política, na opinião em geral, nos clubismos ou até no protesto perante o tempo, tanto o que passa como aquele outro que teima em fazer nuvens e largar água e coisas dessas. tirando a vontade extrema de viver e de tudo experimentar, nunca consegui perceber o apelo pelo extremo. ainda mais difícil é perceber quem está nos extremos e não se apercebe de que vive com duas palas asininas, perdento tanto e ganhando tão pouco. a pluralidade de opiniões, e de perspectivas sobre tudo o que o mundo nos oferece, é das coisas que mais aprecio. gosto de discutir com gente que pensa como eu mas ainda mais de discutir com gente que não pensa como eu. aprendo sempre tanto ou mais do que quando debato com quem tem o compasso nas mesmas linhas que as minhas, porque sair da zona de conforto ensina e flexibiliza. os tempos negros que vivemos, e as dificuldades que atravessamos, deviam ser precisamente o tempo ideal para compreender q