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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2005

Suíça: país ou roubo?

Suíça é o nome de um país. Suíça é também o nome de uma pastelaria na baixa lisboeta, que dá para o Rossio e para a Praça da Figueira. O país é bom, competente, eficiente, tem vaquinhas giras, chocolate bom, neve e lagos. O nível de vida é dos melhores da Europa. O país não é para aqui chamado. A pastelaria é... pura e simplesmente bárbara. A Suíça de outros tempos era local de romaria. A sua doçaria caseira, dotada de uma apresentação de causar inveja à típica pastelaria de bairro tornava-a um local com fama no segmento dos gulosos, ou dos que apenas desejavam apreciar um café no cerne da capital. Com o passar dos anos, contrastando com o país que lhe dá o nome, esta pastelaria tem visto a qualidade a descer vertiginosamente e a sua política de preços a sofrer um avanço inversamente proporcional. Não acreditam? Fiquem com o exemplo, para quem não acredite o preçário está lá: Café ao Balcão 0.55€; Café no Salão Dourado 1.00€; Café na Esplanada 1.45€ Brilhante, não é? Deve ser o chamado

Russian Chronicles

E hoje, porque é Domingo, aqui vão as notas do Não-Professor JP. Apenas para vos recomendar uma pequena pérola. Em 1995 o fotojornalista Gary Matoso e a escritora Lisa Dickey partiram à descoberta de algo que encanta muitos há vastos séculos. Viajaram de Vladivostok até São Petersburgo, percorrendo o percurso do Trans-Siberiano, entre 1 de Setembro e 25 de Novembro. A particularidade desta viagem prende-se com o facto de terem parado em onze locais do trajecto para procurar uma história de vida particular. A compilação dessas histórias, bem como a excelente cobertura fotográfica das mesmas está (incrivelmente) disponível de forma gratuita na Internet em Road Stories . Agora, passados dez anos sobre a viagem, a escritora Lisa Dickey lança-se à aventura de repetir exactamente a mesma viagem e de procurar as pessoas cujas histórias relatou, na tentativa de comparar o que mudou em dez anos pelos lados da Sibéria, a Rússia mais profunda e esquecida. Desta vez acompanhada por outro fotógrafo

Pueri e os mistérios do nonsense

Lembrei-me de ver se inventava palavras como fiz com a minha "Oranginalidade" há já largos anos. "Pueri" pareceu-me bem, lembra-me puré e poeira e puro e peru e perigo. E que bem me parece misturar puré, poeira, peru e perigo numa mistura pura. Pesquisei no Google e não me parece que tenha acabado de ser inventado o pueri. Desde escolas no Brasil até comprimidos para dieta provenientes do Japão, o pueri já invadiu o mundo. E de repente sinto-me como o Wallace quando leu "A Origem das Espécies"... Nota de rodapé: qualquer semelhança entre este post e sanidade mental é pura coincidência. O que me faz lembrar que "rodapé" também é uma expressão bem parva e que sempre que a leio imagino um anão sentado na margem inferior da página, a rodar a tíbio-társica, como que a fazer o aquecimento para entrar no próximo jogo de matraquilhos a decorrer num raio de alguns quilómetros.