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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2004

Telemarketing Power

Os nossos serviços de espionagem que fazem inveja à CIA, ao MI-6 e à Mossad, interceptaram esta tarde uma conversa de telemóvel entre uma operadora de telemarketing e um senhor, que passamos a reproduzir... OT será a operadora e não Operação Triunfo, como pensaram quando viram a sigla... S será o senhor. (Triiiiiiiiiiiiiiiim, Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim) S- Tou sim? OT - Olá boa tarde! Daqui fala bxbxbxbxbxbxbx (nunca se percebe o nome da operadora... isto é um aparte, não estava na conversa, não foi a OT que disse) e gostava de lhe fazer umas perguntinhas sobre telecomunicações, pode ser? S- Mas demora muito tempo? OT- Não não... no máximo 5 minutos! S- Ah, então diga lá... OT- Então... o senhor tem telemóvel? S- Não. OT- E qual é a sua rede? S- Eu não tenho telemóvel... OT- Ah, pois é... desculpe... e qual é a marca do telemóvel? S- Oiça, eu já lhe disse que... OT- Ah, desculpe novamente, mas agora diga-me... o senhor gosta de sumos de pêssego? S- Mas isto não era s

Eu é que sou o presidente da junta

Com o seu sistema de milhares de câmaras espalhadas pelo país, o Oranginalidade conseguiu ter acesso completo a um dia inteiro de um Presidente de Junta de Freguesia em Portugal. Para não ferir susceptibilidades (e também porque o autor não quer ser preso... até é capaz de ser mais por causa disso...) vamos chamar à freguesia... Freguesia de Sardinha nas Brasas do Carvão em Baixo e ao nosso presidente Toni Manel Sousa ou algo que o valha... "Toni, ganda maluco" para os amigos... e "Shô presidente" para outros habitantes da freguesia. O Dr. Toni acorda (o que é logo um milagre... como se chama doutor a um senhor com a quarta classe) na sua casa solarenga, com vista para o vale. A sua casa por fora não é a maior da aldeia sede de freguesia, isso dava muito nas vistas, mas por dentro está equipada com tudo do melhor. Por cima da cabeceira da cama está pendurado um crucifixo, e na parede em frente aos pés da cama, a fotografia de Toni a ser condecorado com a Gran

Guernica

Para fugir um pouco ao tradicional texto bloguista, hoje trago-vos uma proposta diferente... A 26 de Abril de 1937 um raide aéreo da Luftwaffe devastou a cidade Basca de Guernica deixando o mundo em estado de choque. Este trágico acontecimento inspirou Pablo Picasso a pintar aquela que é considerada por muitos como uma das maiores obras de arte do séc. XX. Assim que lhe dedicamos um pouco da nossa atenção, facilmente chegamos à conclusão de que se trata de uma obra carregada de simbolismo, espelhando o que foi uma época de conflitos e interesses, morte e destruição, mas ao mesmo tempo representativo da grande conquista dessa mesma guerra... a Liberdade E mais não me alongo, ou já estaria a fugir ao intuito deste meu post, deixando a apreciação de 'Guernica' ao critério de cada um... Apenas vos peço que parem por 2 minutos, que olhem e depois voltem a olhar... espero que gostem Agradecimento especial a GS pela dica

No meu tempo só as varinas

“Calçado sem tacão, para uso doméstico” diz o meu dicionário. Mas este é ainda uma primeira edição dos anos sessenta, herdada do meu pai, e o seu autor teria, muito provavelmente, de alterar esta definição, hoje tão desapropriada e ofensiva para as tias com nomes pomposos de consoantes duplas que aparecem na revista Caras (algumas quem as conhece?) e para a escandalosa quantidade de mulheres que as imita e invade as sapatarias em busca da nova moda – o chinelo. Da praia para as festas e da intimidade do lar para o emprego, vestidas a rigor com a última criação de Tenente ou envergando um fato mais modesto comprado no pronto-a-vestir do bairro, o que parece indispensável é que o calçado faça tac-tac quando se sobem escadas e que os calcanhares estejam sempre bem polidos (rentável, sem dúvida, para as drogarias de esquina que não vendiam pedra-pomes há anos). “No meu tempo só as varinas usavam chinelos na rua”, diz a minha mãe. Nos dias que correm são médicas, professoras, jornalis

Viajar

Hoje acordei em Niigata no Japão. Senti o sol a queimar e por isso atravessei o mar do Japão a caminho da Coreia do Norte. Ainda de manhã encaminhei-me para a Mongólia, e almocei uma migalhita em Ullan Bator. A tarde foi bastante mais cansativa, oh se foi! Acelerei em direcção ao Cazaquistão, e cruzei o Uzbequistão e o Turquemnistão, ainda a tempo de ir lanchar a Teerão... Continuei deixando para trás Turquia, Bulgária, Sérvia e Montenegro e muito mais... Já precisei de luz artificial para ver bem o caminho quando cheguei ao fim do dia à Dinamarca. Ah! Como é bom ser uma formiga no planisfério da secretária do JP...

O que se segue?

Já tiveram oportunidade de ver a nova série da TVI, Inspector Max? Gira, não é? Principalmente o facto de ser uma cópia descarada (embora muito mal representada) da série austro-germânica Rex, o Cão Polícia. Acho perfeitamente normal que se faça este tipo de adaptações nada escandalosas de séries estrangeiras. E como tal, o Oranginalidade conseguiu para vocês o exclusivo de algumas das próximas séries que a TVI e a empresa de telenovelas do Nicolau vão produzir, faladas a cem por cento na língua de Camões. - O Terceiro Bacalhau a contar do Sol: série sobre um grupo de extraterrestres que aterra num planeta com a forma de bacalhau para tentar aprender como vivem os habitantes desse país. Para isso, tomam formas próprias desse planeta e em cada episódio vemos cenas hilariantes da sua tentativa de integração. - Chouriço de Urgência: já esta série vai passar-se num banco de urgência de um hospital português, em que as pessoas, à medida que lá vão chegando, apanham um médico que é um

Próxima estação... Sr. Roubado

Tenho-me (e têm-me) questionado acerca do nome de uma nova estação da linha amarela do metropolitano de Lisboa – Sr. Roubado. Para responder às perguntas Quem foi roubado?, O que levaram?, Quem foi o ladrão? , resolvi investigar e aqui vos exponho o que descobri. Parece que a vítima do assalto não foi nenhum senhor mas a igreja de Odivelas (lá se foi a minha suspeita de que o senhor roubado seria um velhote revoltado, a abanar o cajado no ar e a gritar impropérios por lhe terem levado as poupanças de uma vida escondidas no celeiro). O larápio era um certo António Ferreira (peço que não se ofendam os leitores homónimos deste indivíduo), fulano sem escrúpulos, que levou do templo religioso as contas de um rosário e deixou nus o Menino Jesus e a Senhora do Egipto. Isto há gente que não pensa… para que quer um homem feito os trajes de um menino e de uma senhora? Terá sido o primeiro travesti da história? O herege… Na altura (1671), o roubo não foi visto com bons olhos e iniciou-se uma

30 anos após a revolução

O Oranginalidade orgulha-se de vos comunicar que conseguiu uma verdadeira pérola para se associar às comemorações do 25 de Abril. A célebre música cantada por Paulo de Carvalho, "E depois do adeus", nunca tinha até hoje sido interpretada no seu verdadeiro sentido. Ainda pensámos interpretar aquela da gaivota, mas com o calor que vai fazer hoje, podiam considerar isso ofensivo para quem queria ir para a praia ter com as gaivotas e não pode. Assim, aqui fica uma verdadeira "camaradice" nossa... Quis saber quem sou (quem não quer?) O que faço aqui (tipo soldado no Iraque?) Quem me abandonou (malandros!!!) De quem me esqueci (o Luisão pergunta isso muitas vezes…) Perguntei por mim (daquelas cenas maradas nos hotéis, só por graça, não é?) Quis saber de nós (relação na corda bamba e tal…) Mas o mar Não me traz Tua voz. (pois não, amigo… geralmente traz botas, algas e petróleo… voz não) Em silêncio, amor (devia ser no cinema, não se faz barulho!) Em tristeza

Shot down

Por muitos vales que se percorram sem sofrer uma inundação ou uma derrocada, por muita floresta que se faça sem ficar preso no meio do incêndio, por muito mar que se nade sem afogamentos à mistura, não há por vezes escape e ficamos demasiado expostos, somos alvos demasiado fáceis. Parece que estamos no meio de uma praça, rodeada de edifícios, e em cada janela está um atirador, pronto a cumprir o seu serviço. Passado um pouco... somos abatidos! As paredes do estômago colam-se, os olhos parecem querer saltar das órbitas, rapidamente o formigueiro se apodera das nossas pernas e nem sequer para chorar nos restam forças. Só indignação... fica só a indignação por ver como tudo isto corre. Dias atrás de dias... e sempre tiramos a mesma conclusão, merece imenso a pena viver neste mundo, mesmo com todos os problemas que tem. Mas é assim mesmo... muitos desses problemas abatem-nos, ferem, o tiro não passa ao lado, acerta e em cheio, mesmo no quarto espaço intercostal esquerdo e a bala vai

Indiana Jones português

Há cerca de 15 dias atrás, subi umas escadinhas em direcção à entrada da pirâmide de Mikerinos, no complexo de Pirâmides e Esfinge em Giza... Quando chego lá acima, o mal encarado egípcio que estava a controlar se ninguém levava máquinas fotográficas apalpou-me os bolsos e saiu-se com um irritado "Cell phone with camera! Go away! No enter!". Maravilha... tive de abandonar o grupo em que ia e voltar para trás para deixar o telemóvel cá fora. Depois dessa tarefa, lá voltei para a entrada da dita pirâmide... A guia avisou antes: "As pirâmides não têm nada! Não são como os outros templos ou túmulos que temos visto! Não há pinturas, não há sarcófagos, não há rigorosamente nada, só os túneis!" Mas como toda a gente tem a mania que é Indiana Jones, as filas para entrar na pirâmide são de dezenas de pessoas e como tal... quem observar a situação vê algo de semelhante a dois carreiros de formigas, um a entrar e o outro a sair da pirâmide. Entre americanos e italian

Frágil

Um instante para que uma explosão nuclear varra do céu uma estrela… e milhões de anos para que se forme uma nova; segundos para que um tremor de terra destrua uma cidade e anos para que se reconstrua; uma palavra menos agradável, um gesto irreflectido e é quanto basta para abalar uma amizade. Quanto tempo levará a consertá-la? Semanas, dias? Quantas horas para quebrar o silêncio incómodo entre duas pessoas que se compreendiam no silêncio? Num universo que tende para o caos é tão fácil ceder à desordem… Custa bem mais “arrumar” o mundo, criar laços com as pessoas e manter esse equilíbrio frágil. Desculpa, D., não te ter posto debaixo de uma redoma, não te ter abrigado com um biombo, como um certo príncipe a uma certa rosa…

Don Valentino Corleone

Juíz - Don Valentino Corleone, o senhor sabe de que crimes está acusado? Don Valentino - Senhôre juíze, é una injustiça prenter-me e tracer-me para este piazzo... Juíz - Pois... mas sabe... na sequência da nossa investigação "Apitonne Doradotti" o senhor aparecia muitas vezes referenciado como sendo o verdadeiro major... quer dizer... padrinho desta malha toda... Don Valentino - Questo é una mentira, tutto mentira... Io vivo somente para Gondolamare... e para la liga de calcio... e para il partito... e para il metro di Portoni... e para la Guineva Bissalo... e para... credo que è finito... Juíz - Mas vai ter de ficar preso para averiguarmos se realmente "só" faz essas coisas... Don Valentino - Bene, bene... Mio bambino John va tomari contoni des assuntatis... So aspetto que non va cantare como facia nos Bane... senoni... ainda va chateare piu les ouvitti dei personi que io...

Carta

O Oranginalidade orgulha-se de vos comunicar que conseguiu traduzir em exclusivo para vocês uma música tradicional afegã chamada "Carta para Bin Laden". Ao que o Oranginalidade apurou esta música é cantada por um grupo afegão (a barba do seu vocalista não engana quanto à nacionalidade...) que se chama Al-Torhanjaeda. Dizem-me agora aqui do lado... que podem usar a música da "Carta" dos Toranja para cantarem esta letra... Não falei contigo com medo que os montes e vales em que te escondes caíssem a teus pés... Acredito e entendo que a estabilidade lógica de quem não quer explodir faça mal ao terrorista que és... Afegão é o ar que vais sugando e aceitando como fruto de Verão nas cavernas do teu refúgio... Mas sinto que sabes que sentes também que num dia maior serás trapézio sem rede a disparar sobre o mundo e tudo o que vejo... É que hoje acordei e lembrei-me que não sou um feiticeiro Que a tua bola de cristal é feita de plutónio Nela cab

'Socialight'

Pah ... pah ... pah . pah ... Pah ... OUT!!! Público: AAAHHHH!!! (êxtase e aplausos) Entretanto, num dos camarotes do court central... Martim: Ah! Grande jogada! Estavam a correr imenso! Só não percebi porque é que aquele rapaz ali de chapéu gritou! Assim é óbvio que desconcentra os jogadores... Sebastião: Não, ele fez muito bem em parar o jogo. Estamos aqui há imenso tempo! Já viu que não nos deixam sair. Não percebo porquê... obrigam-nos a estar aqui a levar com o pó do campo! Porque é que não fazem o pavimento em mármore ou azulejo? Era bastante melhor, não fazia lixo nenhum... Isto assim é um aborrecimento! Martim: Tem razão Sebastião. E já agora arranjavam uns camarotes melhores, quer dizer já que temos de estar aqui à espera que nos deixem sair, ao menos podiam ter uma televisão para nos irmos entretendo com alguma coisa até podermos voltar para a tenda VIP. Sebastião: Quem é que nos mandou sair do Village?!? Martim: Oh, como é a final veio toda a g

A idade não perdoa

Não sei se viram hoje no telejornal da RTP 1 à hora de almoço, mas a dita televisão foi entrevistar um senhor (que até é/era professor e tudo...) e que, pelos vistos, tem mais de cem anos, ou seja, já viveu em três séculos diferentes. A ideia foi bonita e todos acham graça a ver o senhor a aparecer... Com isto começa a entrevista ao velhote. Começa por lhe fazer uma pergunta sobre o 25 de Abril (porque parece que o senhor esteve vinte anos no exílio à custa disso), e ele responde "O 25 de Abril foi muito bom para o país, por acabar com a monarquia...", ao que a jornalista diz num tom maternalista (ou então tom de senhora do lar para um velhote) "Está a fazer confusão, isso foi o 5 de Outubro...". O senhor finge que não ouve, afinal, nem a idade nos rouba o orgulho... Escusado será dizer que esta brilhante peça jornalística continuou no mesmo estilo, com as dissertações idosas sobre o "regimen"... perguntando ele até... "A senhora sabe qual e

Tirar a carta...

Gosto dos meus instrutores de condução. Palavra! Tipos porreiros! Um deles chama-me Susana (“olhe lá, olhe lá… mais travão, Susana… mais, MAIS”), passa o tempo da aula a ouvir o relato da bola na rádio e, quando finalmente “imobilizo o veículo em segurança”, espera sempre que eu tenha imensas dúvidas acerca do funcionamento do automóvel. O outro, mais novo, falhou a vocação. Devia ter sido psicólogo. Faz-me falar sobre a minha vida, a faculdade, a família, pergunta-me se gosto de conduzir e o que é que isso me faz sentir, se já tinha conduzido antes… No final da aula chega à conclusão de que eu tenho cara de pediatra e que ando a praticar a condução no carro do meu pai. E eu fico sem coragem para lhe dizer que as criancinhas não são o meu forte e que o meu pai não me empresta o jipe desde que o atirei contra o muro da minha casa… Os professores de código também têm feito muito por mim. Continuo a errar cerca de metade das perguntas dos exames que passam nas aulas mas já aprendi ime

Missão Impossível

Há uma rua de Lisboa de que eu gosto bastante, mas na qual evito passar... a Rua Augusta. Porquê? Perguntam vocês... Porque conseguir fazer essa rua de uma ponta à outra sem ser violentamente abordado é a chamada "missão impossível". Parece que toda a gente com algo a impingir se juntou naquela rua. Dos pedintes, aos músicos de rua, aos palhaços, todos estão lá... e esses até não me incomodam. Só dá quem quer e alegram a vida de quem por ali passa. Quem me irrita profundamente são aquelas pessoas estranhas que andam com um bloco e uma caneta nas mãos e nos querem bombardear com perguntas. Acho seriamente que se devia vender nas farmácias um repelente anti-"vendedor chato"... Já tinham um cliente! É que não gosto nada de dizer "Não, obrigado!" e continuar a ser perseguido por pessoas que me dizem "Vá lá... são só 5 minutos, não demora mais do que isso...". Principalmente quando sabem que querem para aí meia-hora da vida do trauseunte.

Kinas, o mau da fita...

Há pessoas felizes. Há pessoas felizes com dias felizes. Há pessoas felizes com dias infelizes e... por último, há pessoas infelizes com dias infelizes... Infelizmente deve ter sido um dos últimos que foi escolhido para criar a mascote do EURO2004... Mas como é que é possível criar um boneco tão horrível??? Em que é que a cabeça trapezoidal e defeituosa se identifica com o povo português? E até o nome... Tinha mesmo de se criar um conflito ao "baptizar" o "choninhas" com o nome de uma marca de fósforos... E ainda os jogadores da selecção se queixavam do Tuga no mundial passado. Ao menos o Tuga parecia assumidamente extraterrestre e não uma criatura resultante do cruzamento entre um ouriço e uma bigorna de desenho animado... E os problemas que isto acarreta... Ainda na última manhã de Natal, eu abri um presente e vinha uma caneca do esKinudo... Meu comentário: "Ah, obrigado... não acho é graça nenhuma ao boneco, mas pronto, é para ajudar o Euro, não é.

A razão de Bin Laden querer a paz com os europeus...

O Oranginalidade orgulha-se de apresentar em primeiríssima mão uma conversa escutada entre o Boss do terrorismo internacional e um amigo seu (AS): BL: Tou AS? Então, mano? Comé? Numa boa? AS: Pá... vai-se andando... o calor do deserto aperta, mas cá continuo... a dar as minhas aulitas... BL: Ya, pois é... Este ano tás a dar o quê? AS: Este ano só tou a dar duas cadeiras, meu... "Técnicas de enrolar explosivos à volta do corpo" e "Armas químicas II"... BL: Tá certo, tá certo... olha, eu tava-te a ligar para te dizer que se calhar não vou atacar mais os europeus. AS: É? Então porquê? Tás te a passar, ou quê? Mas tu não os curtias nada... BL: Não pá... É que os gajos têm muito poder... E escondido, ainda para mais... AS: Como assim? BL: Aqui o Mustapha conseguiu arranjar um cabo muita grande... e o pessoal passou a ter TV Cabo aqui na caverna... e então apanho umas cenas lá da Europa que me estão a dar volta à mioleira... AS: Conta lá... BL: Nem queiras sa

Cairo Experience

Há dias que têm quase mais de vinte e quatro horas. Este aqui começou a acordar às duas da manhã, ainda em Assuão, para fazer mais de três horas de estrada pelo meio do quente e seco deserto. Há milhares de anos, também Ramses II se aventurara para estes lados e aqui ergueu os magníficos templos de Abu Simbel, espectacularmente escavados no interior da montanha, e, não menos espectacularmente, salvos de ficar submersos nas águas da barragem de Assuão, num trabalho predominantemente realizado por espanhóis, ao serviço da Unesco. Ainda manhã bem cedo, e já o "throttle" está no máximo para descolar em direcção ao Cairo. Antes da aterragem, a visão das Grandes Pirâmides e da Esfinge pela janela do avião, são mais um ingrediente a apimentar o dia. Algum descanso... e a "experiência" estava guardada sobretudo para a noite. "Cairo by night" é um programa que se recomenda. Vêem-se as gentes, as ruas, o bulício, o trânsito... sempre o trânsito cairota

Sol, câmara, acção!

Acordar às quatro e meia da manhã não é tarefa fácil. Mas quando o objectivo "merece a pena" (e acreditem que há quem não conheça há muito tempo esta expressão), esses pequenos "sacrifícios" são rapidamente compensados. Primeiro vai-se lidar com a morte, já que, desde cedo, as visitas começam pelos túmulos faraónicos do Vale das Rainhas e do Vale dos Reis. A altura das câmaras funerárias e as fabulosas pinturas nas paredes são como um banho relaxante, que logo faz esquecer a hora do dia. Também o sol, que vai queimando lá bem do alto, nos faz parecer que é meio-dia e não oito da manhã. Segue-se o incrível templo da rainha Hatshepsut (o que está na foto) e para continuar numa de templos... o tempo é ocupado até meio da tarde pelos templos de Luxor e Karnak. Em todos eles estão estampados sete ou oito milénios de história, e é isso que mais fascina. Não que o que vemos dos gregos ou dos romanos seja menos impressionante, mas, além de estar mais próximo de nó

44 Moscavide

Mulheres gordas de ancas opulentas; o Casanova de óculos escuros e blusão de cabedal que sussurra obscenidades por cima do ombro da rapariguinha ossuda; o tipo que aproveita o tédio da viagem para pôr em dia a higiene nasal; a dona-de-casa que escolheu a hora de ponta para regressar a casa com embrulhos onde se adivinham vassouras ou varões de cortinado; o casal de namorados a trocar beijos ensalinguados – ele de boné encardido com pala de lado e ela de top justo que deixa o umbigo inflamado do piercing à vista; o indiano de rosto marcado por doenças tropicais, de que nem sei o nome, e que esfrega a barriga farta nas mulheres que passam; o senhor Barbosa que encontrou o Jerónimo do talho e discute a qualidade de alfaces que se dá melhor no quintal da casa “lá da terra”… Tudo isto nos escassos lugares sentados mais quantos-caibam em pé de um autocarro da Carris. E eu neste microambiente fechado, a suar, a evitar desmaiar, a imaginar planos de fuga e a tentar (ainda) ser simpática e c

Avionices!

Cada vez se confirma mais a minha ideia de que há uma conspiração montada contra mim na indústria aérea... São tantos os pontos em que sou violentamente discriminado, que não pode ser só a minha imaginação a funcionar... 1 - Apito sempre! Seja das chaves, das moedas, do telemóvel, dos sapatos... Nunca consigo passar naquela casa de banho portátil sem paredes sem que o polícia me faça cara de mau, me grunha qualquer coisa que nunca entendo e me faça voltar para trás... É que podia ser sempre a mesma coisa... Mas não! Vai variando que é mais engraçado. 2 - Vem a hora da refeição e é muito frequente que em Económica, o meu lugar seja precisamente dos últimos a ser servidos... a meio ou no fim do avião. Ou seja, mesmo quando há escolha, para mim não existe tal palavra... O que se traduz invariavelmente numa palavra: frango! Não sei que relações é que a indústria do frango tem com a máfia siciliana, as tríades chinesas, os barões da droga colombianos ou os grupos terroristas árabe

From Luxor to Esna

No mundo ocidental, a diferença entre países e culturas é já algo de bem marcado. Quando nos afastamos desta linha, aumenta esse fosso cultural. Por isso, acho que ficamos muitas vezes maravilhados com pormenores que, noutras ocasiões, não seriam sequer valorizados. De Luxor para Esna o transporte é feito de autocarro, num "comboio" de veículos, com polícia no início, meio e fim. Desta forma procura-se garantir a segurança dos turistas, visto o turismo ser uma das principais (senão a principal) fontes de rendimento do Egipto. O curioso nesta viagem, de cerca de uma hora, até às comportas de Esna, é olhar pela janela e observar a forma como o Nilo se vai desenrolando, bem como a fertilidade das suas margens e, principalmente, as casas e as pessoas. As casas são muito "sui generis", pelo menos para nós, e o seu formato, o seu ar inacabado, a sua falta de cor... São tudo novidades para quem aqui chega. Agora... o ponto alto deste trajecto é ver as crian

Fuga

Quando dei por mim... tinha a PP7 na mão e um corpo baleado jazia em frente a mim... Pela janela aberta, senti o "flash" do paparazzi que andava a seguir esta modelo de corpo escultural. Ao tirar a foto, reparei que ele tinha um sorriso irónico na cara. De repente percebi, quando vi que guardava ele próprio uma pistola (uma PP7 igual à minha!) e que desapareceu, como que por artes mágicas. Corri até à janela e não vi ninguém... Meu Deus! Como é que isto foi acontecer? De repente, lembrei-me de sair do edifício a correr e ir para casa, tal o pânico que eu tinha. Não era ser polícia que me ia safar se ali entrassem os meus colegas e presenciassem a cena. E até já conseguia ouvir as sirenes ao fundo. Muito a custo, lá consegui adormecer, mas a meio da noite acordei de repente com muito barulho lá fora. Acendi a televisão, e qual não é o meu espanto quando vejo a minha fotografia no ecrã, bem como câmaras em directo do exterior do meu prédio. Estava montada uma barreira

Oranginalmente falando...

Não é todos os dias que escrevo a 11000 metros de altitude. Nem o poderei fazer em nenhum sítio com os pés bem assentes na terra. Por isso, fiz questão de passar para o papel o que vai na alma quando se voa a esta altitude. Tudo ganha outra dimensão. Tudo passa a ser simultaneamente grande e pequeno. Pequeno porque é visto de tão longe que as casas se tornam formigas e os carros nem sequer são visíveis. E é grande porque é amplo, porque o horizonte se expande e tem outro significado. Apesar de em vinte anos de vida já ter tantas e tantas horas de vôo, é a primeira vez que ando cá em cima desde que fundei o meu blog, há cerca de três meses. E portanto, têm de ficar a saber que até no avião eu "trabalho" para "vós fiéis leitores", como a Ana gosta de vos chamar. E é assim que terminamos por hoje, com a Serra Nevada em todo o seu esplendor ali ao fundo, tendo Granada a seus pés, terra que vai em breve acolher DdS, a partir do ano que vem... o "Furacão

Crescer

A adolescência é uma fase problemática para a maioria das pessoas. Esperam-se sempre grandes mudanças no corpo, na personalidade… mas o que tenho reparado (começo a achar que se calhar demorei tempo demais a perceber isto) é que, ao invés de alterações radicais, as nossas características pessoais mantém-se e tornam-se mais definidas. Aquele menino que, na escola primária, chorava mais do que os outros quando se separava da mãe e nunca queria correr e jogar à bola é no liceu o rapaz “sensível” e pouco sociável que se senta na última fila. A menina de caracóis louros que usava os melhores vestidos e se via rodeada de amiguinhas que a admiravam é hoje a chefe de claque (peço desculpa pelo cliché tão indecentemente copiado dos filmes americanos) que as amigas continuam a admirar/ invejar e que todos os rapazes desejam (bem… talvez não aquele rapaz “sensível” da última fila de que falei há pouco). Afinal, aqueles psiquiatras e psicólogos de que ouvimos falar (Freud, Piaget…) tinham

From Cairo...

Ola portugueses e portuguesas, Consegui arranjar uma mini-pausa entre tanta aprendizagem por imersao cultural, para vos vir deixar umas palavrinhas. Escrevo do Cairo e por isso e que nao consigo usar acentos. Mas tambem desta vez tenho desculpa... Eu queria ver o que e que voces conseguiam fazer com um teclado em arabe, no qual mal se veem as letras ocidentais. Quando olho para a minha esquerda vejo o Nilo e a ilha de Zamalek... a Torre do Cairo, os barcos, algumas folhas de palmeira tapam a minha visao. Quando olho para a direita vejo uma parede... OK, tambem nao podia ser fantastico para todos os lados, nao e? Agora demorei horas para descobrir um ponto de interrogacao, valha-me... Ala... Como o Hotel Sheraton leva caro pelos minutos de internet, nao vos posso escrever muito mais, ate porque tenho de ir apanhar o autocarro para ver o espectaculo de luz e som nas Piramides de Gize. Mas deixo-vos ca um ate breve... provavelmente em Lisboa... que vou voltar a fingir que est

Dietas

Há dietas para todo os gostos. A dieta da salada, a dieta da fruta, a dieta da água, a dieta da seiva, a dieta dos batidos, a dieta da beterraba, and so on and so on... O mais curioso, como certamente a maioria já reparou, é como as pessoas se lembram destas coisas quase quase em cima do Verão. Afinal, vem aí o bom tempo, vai apetecer ir para a praia, as roupas vão começar a encolher, t-shirts passam a tops, calças a calções, saias a mini-saias, e ninguém vai querer andar a exibir alegremente o seu pneuzinho. Pois é, tudo normal até aqui. O problema surge quando a Primavera nos resolve pregar das suas e nos presenteia com dias de sol magníficos, em que as temperaturas sobem sobem e parece que não há nada que apeteça mais que um mergulho na piscina ou mesmo no mar. 'O problema?' estarão vocês a pensar, qual é o problema disso, afinal toda a gente gosta de sol! Lá isso é verdade, mas agora reparem bem em quantas das vossas amigas (peço desculpa por referir especificament

Feira Curta

Nos dias 26, 27 e 28 de Março decorreu em Lisboa a Feira do Livro Estrangeiro. Pois… podia ter avisado mais cedo mas ainda não escrevia neste blog – como é que ia publicitar o evento? Mesmo eu só soube da sua ocorrência através de um postal free que um amigo fez o favor de apanhar… do chão! É que estes acontecimentos que têm o mérito de tornar o conhecimento acessível ao grande público são sempre tão bem divulgados e têm uma duração tão longa, não acham? Se se tratasse da Feira de Enchidos do Continente tinha durado uns bons 15 dias… até se esgotar o stock de chouriços de porco preto. Assim, como se vendem clássicos da literatura estrangeira a preços convidativos, ninguém se interessa… Quem dá 2 euros por Dickens, Wilde, Victor Hugo, se com a mesma quantia se pode comprar uma farinheira ou um suculento naco de presunto? Tendo ido à feira, percebo que a meia dúzia de cidadãos que a frequentava não justificava o seu prolongamento por mais tempo … Aos meus amigos P.C., pelo post

Sit! Good dog.

Acho que de tantos nomes possíveis para se dar a um cão o nome Dick é o pior que se pode escolher! E como é que me lembrei disto? Num domingo qualquer fui visitar a minha família a uma aldeia do interior (sim, esses parentes afastados… sim, os que não param de dizer como estamos crescidos!) e dou por mim a entrar em casa de pessoas que não conhecia bem mas que insistiam em mostrar-me a intimidade dos seus lares e dos seus quintais… Ora, havia em todos eles (os quintais) um ponto em comum: um cão vadio, maltratado, de pêlo escasso e desordenado, preso à casota por uma trela que lhe dava uma pequena área, correspondente a um semicírculo, para se esticar (acho bem… os animais não prezam nada a liberdade…). Estes cães chamavam-se, invariavelmente, Dick . E porque não Bobby, Snoppy, Farrusco ? Como é que com uma gama tão vasta de nomes – e reparem como os que mencionei são bem menos sugestivos do aparelho genital externo masculino – se escolhe o nome Dick ? Não percebo… E coloco outra

Cafageste

Sempre achei imensa piada a esta palavra brasileira... Não sei porquê, mas sempre achei! E acho que já que ela não é utilizada no nosso dia-a-dia, poderia ser utilizada noutras situações. Como por exemplo: uma empresa de gestão de stock de cafés podia obviamente chamar-se "Cafageste - Gerimos o stock do seu café!". Claro que isto poderia causar alguns inconvenientes, porque, imaginemos que o dono do café é brasileiro e telefona para a linha de apoio a clientes da Cafageste S.A. Do outro lado dizem-lhe "Cafageste, boa tarde, fala a Marta, em que posso ajudá-lo?". E é óbvio que o senhor leva a mal... porque aquilo na sua terra natal é ofensa... Quem também podia ter utilizado este nome (ou quase) era o gestor de carreira do Franz Kafka (caso ele o tivesse tido, não é?)... Era a chamada "Kafkageste"... Há ainda mais uma nuance a acrescentar... No nordeste transmontano ou na Beira Interior... o som "cafageste" pode bem ser igual a "

Esperem... falto eu!

Um segundo de distracção e já todos escreveram um texto para o blog menos eu! Fiquei para trás e estaria menos envergonhada se o “patrão”, como diz a Joana, não tivesse ralhado comigo. É que ele é um editor bastante exigente: impõe regras severas e obriga-nos a cumprir os compromissos que assumimos! Bem… talvez não seja bem assim mas como estava em falta senti necessidade de me justificar de alguma maneira… E sim, eu também fui convidada para colaborar na elaboração deste blog. Não sou suficientemente audaz para, por livre iniciativa, me oferecer para esta tarefa hercúlea! :) Não tenho relatos maravilhosos de viagens fantásticas, não trabalho na rádio e não sou o sucesso da tuna médica de Lisboa... Só passo à frente porque tenho 3 narizes em três gatos diferentes e isso deve contar alguma coisa… esperemos que sim! Em comum com os outros blogueadores tenho a vontade de colocar a minha criatividade ao serviço da Oranginalidade e prometo que de ora em diante vou tentar fazê-lo

O Sofrimento de Cristo

Primeiro que tudo, esclareço o título do meu post. O título original do filme (The Passion of the Christ) foi assim dado porque o termo "Passion" deriva da palavra latina "passio" para "sofrimento", daí a segunda leitura do título dado. A seguir, tenho de dar os parabéns ao realizador e co-argumentista Mel Gibson, pela forma brilhante com que consegue retratar no ecrã as últimas doze horas da vida de Jesus Cristo... tanto do ponto de vista histórico e bíblico, como do ponto de vista cinematográfico. Após estes elogios, achei interessante expor a minha perspectiva sobre duas grandes polémicas que se levantaram em torno do filme. Primeiro, a crítica da comunidade judaica, através da acusação de anti-semitismo ao filme. É realmente confuso ver esse tipo de condenação... A pessoa mais cega é sempre aquela que não quer ver... E quem tenta esconder o seu passado também não me parece estar no bom caminho. Um facto que devia fazer a comunidade judaica re

O Grande Golpe

Portugal sabe-a toda! Estou verdadeiramente maravilhado com o trabalho de Gilberto Madaíl, esse grande IECA (isto é uma piada privada para estudantes de Medicina...), bem como de Luiz Felipe Scolari, esse mágico, esse mestre, essa pérola que nos chegou do país irmão. É que, realmente, nunca pensei que conseguissem imaginar e pôr em prática um plano tão brilhante como este que estamos a observar. É delicioso ver como a selecção nacional se arrasta em todos os jogos que faz... não joga nada à bola... e também não consegue o mínimo resultado decente. Vê-se logo... não é que os malandros dos jogadores também são cúmplices no "Grande Golpe"? É que assim já quase se estão a denunciar! Já muita gente percebeu que o truque é fingir que não jogamos nada, que andamos muito em baixo e que não conseguimos criar a mínima coesão de equipa. Quando chegarmos ao Europeu... surpreendemos tudo e todos e a Europa em peso vai ficar tão abananada, que quando se aperceberem do sucedido

Quem sou eu? O que é isto? O que é que eu tenho que dizer? Dói?

Ainda bem que arranjei emprego! Isto de viver de subsídios tinha que acabar. Permitam-me dizer que o “Patrão” deste blog tem um grande coração (por ser estudante de medicina é natural que tenha implantes a metade do preço). Na verdade, os motivos que o levaram a convidar-me passam-me ao lado e acredito que vão passar ao lado de quem leia isto. Perguntem-lhe directamente. O número é 911... (estão aqui a fazer-me sinais... pois... ah, não convém dar o número? Tudo bem.) Passo a apresentar-me. Quero dizer, eu até gostava de me apresentar, mas com 26 anos ainda tenho crises de identidade. Passemos à frente. Acordo (acordava... uma das vantagens de escrever para um blog é trabalhar a partir de casa, li o anúncio no tronco de uma árvore... “Trabalhe a partir de casa”... pensei, aí vem mais um parti-time a lamber envelopes. Mas não. Isto é a sério, caramba. Um emprego a sério e igual a tantos outros. Trabalha-se primeiro, recebe-se depois, em data a combinar e indefinida) Acordo, dizia

É doido

Ora digam lá, Se eu vos disser Oranginalidade em quem é que vocês pensam logo? Exactamente, lembram-se do gato de dois narizes, do Jean d'Orange, dum Vic Vapospray gigante do deserto, dum Al Capone campeão da bisca dos três, e os mais atentos certamente lembrar-se-ão dum JP. Era esse a quem eu queria chegar. Pois bem, parece que este senhor conhecido pela 10ª e 16ª letra do alfabeto (não esquecendo de contar o 'k', porque, quer-se dizer lá por nós não o utilizarmos não significa que ele não exista, não vale a pena estar a discriminá-lo só por isso) achou que devia convidar colaboradores para o auxiliarem na sua tarefa de oranginalizar, e vá-se lá saber porque carga de água resolveu convidar-me... não sei o que lhe terá passado pela cabeça, se foi deliberado ou apenas um momento de devaneio, mas a verdade é que agora o mal está feito! Aceitei o convite sem grandes pretensões. Porventura não terei a minha veia literária desenvolvida o bastante, nem tão pouco terei o sent

Surpresas 2.0

Está imenso trânsito! Assim nunca mais vamos chegar a horas a Paris... e temos de parar para almoçar. Qual é a próxima saída? Ah, é para Gent... no mapa até parece não ser feio... Apontar ao centro é o truque nalguns casos. E aqui é um exemplo. Estaciona-se junto da Catedral e, como a fome aperta, procura-se rapidamente, numa rua minúscula, um restaurantezinho para almoçar. Depois de alguma busca, lá se encontrou uma cervejaria "à la Flandres", onde umas deliciosas "Moules avec des frites" foram saboreadas... Mas a surpresa estava guardada para a fase pós-prandial. Rica surpresa esta cidade de Gent... Nas margens do rio há uma quantidade tal de palácios e edifícios majestosos, que surpreende qualquer um... E logo bem perto, também as típicas casas da região se recortam na paisagem pitoresca. O cenário ideal para pintores, escritores, estudantes, enfim... para quem se queira inspirar. Foi curta a minha visita a Gent... mas ficou bem premente o desejo de