Não é todos os dias que escrevo a 11000 metros de altitude. Nem o poderei fazer em nenhum sítio com os pés bem assentes na terra. Por isso, fiz questão de passar para o papel o que vai na alma quando se voa a esta altitude.
Tudo ganha outra dimensão. Tudo passa a ser simultaneamente grande e pequeno. Pequeno porque é visto de tão longe que as casas se tornam formigas e os carros nem sequer são visíveis. E é grande porque é amplo, porque o horizonte se expande e tem outro significado.
Apesar de em vinte anos de vida já ter tantas e tantas horas de vôo, é a primeira vez que ando cá em cima desde que fundei o meu blog, há cerca de três meses. E portanto, têm de ficar a saber que até no avião eu "trabalho" para "vós fiéis leitores", como a Ana gosta de vos chamar.
E é assim que terminamos por hoje, com a Serra Nevada em todo o seu esplendor ali ao fundo, tendo Granada a seus pés, terra que vai em breve acolher DdS, a partir do ano que vem... o "Furacão de Granada".
(escrito a 3 de Abril de 2004, a 11000 metros de altitude no vôo de Lisboa para Luxor... a falta de oxigénio em altitude faz destas coisas...)
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