Avançar para o conteúdo principal

Conclave ou sem clave, eis a questão...



O Oranginalidade deseja pedir as mais sinceras desculpas a todos os nossos leitores pela nossa ausência de uma semana, mas isto de eu ser cardeal tem os seus inconvenientes.

Após a escolha do novo Papa, parece-nos a altura certa para revelar que várias instituições (incluindo mesmo algumas agremiações de bairro) ficaram maravilhadas com o esquema do conclave, e pensam já adoptar a ideia para próximas eleições.

Aí têm em primeira mão o que os nossos tentáculos de polvo conseguiram alcançar:

- Sport Lisboa e Benfica: para a escolha do próximo treinador (sim, porque eu rezo todos os dias para o Trapalhoni se ir embora) a direcção do Benfica vai fechar-se na Garagem dos Pneus do LFV até chegar a uma decisão unânime. Uma vez escolhido o novo comandante das tropas, sairá pela chaminé da garagem fumo preto, o que anuncia a toda a mole benfiquista o novo rei da Luz. O fumo é preto porque queimar pneus e ter fumo branco é meio... quimicamente impossível.

- CDS-PP: aqui avança-se pelo conclave, porque parece que não há mesmo outra forma de eleger um líder por estes dias. Como claro está, o pessoal fecha-se todo no Largo do Caldas e quando tudo se decidir... pois que sai fumo branco da chaminé da sede do PP. Ter o cuidado de não confundir com o fumo branco que sai da grelha da Casa de Pasto "O Eurico", que é ali mesmo ao lado e que tem um peixe que é uma maravilha...

- Bloco de Esquerda: quando for para escolher um novo líder do BE irá sair fumo branco pela chaminé do sítio onde o pessoal se reunir (muito provavelmente uma casa Okupada)... embora esse fumo não seja propriamente (cof cof) resultante da queima de boletins de voto. Ligeiros traços negros no fumo branco são da pura responsabilidade do cachimbo do Fernando Rosas.

- Bagdad: chegou-nos aos ouvidos que na capital do Iraque, ultimamente, têm decorrido numerosos conclaves, nos mais variados locais... ou pelo menos assim parece, dado haver fumo branco a sair de muitas instituições. Quando esse fumo está laivado de escuro, mais uma vez a culpa não morre solteira... isso deriva do petróleo ou de o Koffi Anan lá ter ido durante essa semana.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

À terceira é de vez!!!

Como tenho muita lata... este post é na linha de dois recentes... (um deles mesmo recentíssimo, o meu último) e trata da adaptação, não de séries (porque somos muito oranginais por estas bandas e isso depois na verdade tornar-se-ia repetitivo... quer dizer... até parece que assim não...), mas sim de filmes estrangeiros, para português. São novidades muito secretas e portanto só espero que tenham bastante cuidado na divulgação das mesmas (ao dizer isto espero que as publicitem, bem como a vinda aqui ao meu "little corner", numa jogada minha à laia d'"o fruto proibido é o mais desejado"). - Tó Pegane : história de um filho de uma ex-emigrante "na França" (daí a sempre típica mescla do nome António com o Pegane do francês com quem a senhora se casou). O rapaz entra para a Força Aérea, e depois há para lá umas intrigas. Ah! Na cena mais espectacular do filme, Tó Pegan faz um cozido à portuguesa, utilizando para aquecimento dos ingredientes a barriga

na moda

Está na moda escrever sobre o amor. O truque é pintar o dito de lugares comuns e adornar o produto final com duas ou três asneiras das pesadas para emanar pseudo-rebeldia. O conjunto de palavras é tão bonito e tem uma força tão positiva que o que está mesmo a pedir é para ser posto num rectângulo, acompanhado de uma imagem do pôr-do-sol/paisagem verdejante/gatinhos/silhueta de um ou dois corpos (riscar o que não interessa) e feito, está pronto a sair do forno para esse sufrágio universal que são as redes sociais. Está na moda gostar dessa visão do amor. Que tenta copiar alguns traços dos mestres mas que os copia mal e porcamente, borra a tinta toda, mas encontra destinatários com a visão tão baça que nem dão por isso. Dantes havia o condão de ficar preso às letras do Shakespeare, do James, do Cummings e de tantos outros. Todos eles vieram por aí fora, ainda há bem pouco tempo dava para jogar à macaca com o Cortázar, mas está tudo a trocar a macaca por meia dúzia de macacos, que ap

Reset

00:00 Os números piscavam a vermelho no fundo escuro. O escuro era da noite por fora, por dentro a culpa não era da noite. Ou então era de noite também por dentro. Dentro da cabeça uma pulsação contínua, um incessante martelar, uma inequívoca prova de vida e um considerável incentivo à morte. O dia rodava dentro da caixa craniana a uma velocidade superior àquela com que camisolas, calças e roupa interior dançam dentro da máquina de lavar roupa. As ideias misturavam-se de tal modo que apenas se conseguia lembrar da receita de um bolo. As preocupações de ontem a fazer de farinha, o que de novo aconteceu nesse dia mascarado de fermento, todos os planos para amanhã e depois com cara de ovos acabados de deslizar casca fora. E a vida, essa batedeira eléctrica de último modelo, a tratar de misturar tudo com a pressa de quem tem fome e gulodice. Sorriu no escuro e sentiu felicidade por sentir os músculos da face a relaxar. Uma das melhores coisas que o sorriso tem é a capacidade de pôr as