o erro padrão é o desvio padrão da distribuição de amostragem de uma estatística.
o padrão dá para muita coisa, desde comemorar descobrimentos até descrever o aspecto de uma camisa ou de umas cortinas.
o erro dá ainda para mais. quando somos tão crianças que nem nos lembramos, o nosso processo de aprendizagem mexe-se à base de tentativa/erro. descobrimos que pôr a mão em algo que está a ferver dói, que a água fria não é a melhor coisa do mundo num dia de inverno e que nos reconforta estar ao colo de um ser humano com várias vezes o nosso tamanho.
vida fora vamos definindo padrões. vida fora vamos ainda mais explorando o erro. deixamos de o ver como uma ferramenta para crescer e passamos a penalizá-lo e a demonizá-lo. perdemos a inocência crua de quem reage e ganhamos a capacidade de complicar e sobrepensar todos os erros. elevamos a fasquia mais alto do que o recordista mundial de salto em altura e não toleramos a falha, não nos damos nada bem quando descobrimos que pôr o coração em algo que está frio dói e só aos poucos vamos descobrindo que a água quente no duche é a melhor coisa do mundo, num dia qualquer, quando não há por perto colo nem ser humano com várias vezes o nosso tamanho que nos acuda.
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