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12 horas para mim, uma vida nova para outros



O fim-de-semana é provavelmente a altura da semana que mais agrada a 99,9% das pessoas. É aproveitado para descansar, para passear, para ver televisão, para jogar, para pôr coisas em dia, até para estudar, mas também há quem trabalhe.

Ontem das 11 da manhã às 11 da noite, por circunstâncias do meu curso, tive um Sábado diferente, um Sábado de banco. Mas um daqueles bancos de que ninguém se esquece. Em vez dos habituais acidentados rodoviários, enfartes do miocárdio, agudizações de asma, traumatizados cranianos, etc, calhou-me andar pelo serviço de Ginecologia e Obstetrícia e portanto tive o prazer de assistir a uma série de partos.

E acreditem que há poucas coisas mais espectaculares do que ver um pequeno ser vivo a sair do ambiente onde esteve aconchegado durante nove meses, para sair cá para fora e de repente ter de enfrentar uma gigantesca panóplia de estímulos sensoriais e diferenças ambientais. Nem admira que chorem...

Este meu post tem assim de ser dedicado à pequena Ângela (a minha primeira cesariana) e à pequena Margarida (o meu primeiro parto normal), bem como às mães, essas corajosas, acreditem que não é nada fácil!

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