Avançar para o conteúdo principal

O meu momento Professor Marcelo



Hoje apetece-me comentar. No meu esforço de revisitar posts antigos aqui do meu estaminé. Quando não fui eu dar com os comentários devidamente preenchidos ao meu post sobre o Tony Carreira. Isto um tipo já sabe, neste país ninguém se pode meter com assuntos sagrados como Fátima, o Fado, o Futebol e o Tony Carreira. Mas como eu sou audaz meti-me como ele... salvo seja...

Eu não venho para aqui mandar vir com comentários alheios, porque se eu tenho a opção de comentários é porque gosto de saber o que as pessoas acham dos posts. Por isso até fiquei bem contente por receber acérrimas defesas do referido cantor. Isto porque sou um democrata. Também sou um psicopata, mas isso não interessa tanto para o presente assunto.

Dentro desse espírito de democracia, resolvi que hoje não vou comentar em estilo galhofeiro nenhuma bela trilha do Tony Carreira, mas vou isso sim comentar os dois comentários que me fizeram, esperando assim obter, quiçá, mais algumas respostas irritadas e acesas... É que estou mesmo a precisar de voltar a dar vida ao blog.

Para quem não se lembra o post em causa é este.

Ora um indivíduo que dá pelo nome de Tonydependente (eh pá, não comecem a fazer trocadilhos com toxydependente, vocês são danados) escreveu:

"Ao menino dono deste blog:
O Tony é simplesmente o maior e o melhor cantor que Portugal alguma vez já viu,(como é k não serão os outros) portanto reduza-se à sua insignificância e deixa o homem fazer a vidinha dele!!!"

Fico contente por me acharem um menino. É que os anos passam e de vez em quando somos levados a questionar a nossa juventude. Quanto ao Tony ser o melhor cantor de Portugal, o Toxy acha que sim, não vou contrariá-lo, mas o maior é mentira. Lembro que pelo menos o Rui Reininho e o Luís Represas são mais altos, por isso estamos aqui perante uma falácia. Reduzir-me à minha insignificância é a minha especialidade, portanto assim o farei. Deixar o homem ir à vidinha dele... é a minha outra especialidade, que eu não quero nada com homens (embora respeite quem queira, se não começo já a receber comentários odiosos outra vez).


Mas a investida da malta com uma vida muito interessante, que passa por ir a concertos de qualidade indubitável, não ficou por ali e uma Mariana atirou:

"ó meu granda palhaço!olha fartei me de rir com o gozo que fizeste com a musica do tony carreira!deves pensar que tens muita piada tu.é por haver gente como tu que isto anda assim.só podridão!ca nojo!Pois fica sabendo que o Tony ta simplesmente a cagar se para gente como tu.eu so fã dele,e nao gosto nada de andar a ler estas merdas sobre uma pessoa que nao merece,que tem lutado para chegar onde chegou.a fama nao lhe caiu do céu!nao ficou famoso por andar a fazer blogs de merda como o teu.foi pelo talento dele e pela sua humildade.PALHAÇO!"

Gosto sobretudo do epíteto de palhaço no princípio e no fim do comentário. Tendo eu o audaz objectivo de tornar este blog minimamente humorístico... ser designado de palhaço foi o mais caloroso elogio que algum leitor do blog me ofereceu até hoje. Depois diz que se fartou de rir e mais uma vez fiquei agradado. Gosto ainda do estilo Saramago com que o comentário está escrito. Acho que depois de Orhan Pamuk... só Mariana Fã de T Carreira se poderá prestar a ganhar o Nobel. Depois de repente a esquizofrenia revela-se e afinal eu sou o estandarte do nojo, da podridão e daqueles que maltratam quem tanto lutou para chegar onde chegou. Ora eu nunca gozo com a luta das pessoas, tirando uma vez em que gozei com um amigo meu, mas é que ele lutava mesmo à menina. Se a cara Mariana tivesse uma vida, percebia que isto é tudo galhofa, e que à mesma hora que eu estava a brincar com a letra de uma canção, estava o Tony a parodiar com a falta de precisão do meu corte cirúrgico ou com a maneira totó como eu prescrevo vitaminas a toda a gente.

Tenho dito...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

À terceira é de vez!!!

Como tenho muita lata... este post é na linha de dois recentes... (um deles mesmo recentíssimo, o meu último) e trata da adaptação, não de séries (porque somos muito oranginais por estas bandas e isso depois na verdade tornar-se-ia repetitivo... quer dizer... até parece que assim não...), mas sim de filmes estrangeiros, para português. São novidades muito secretas e portanto só espero que tenham bastante cuidado na divulgação das mesmas (ao dizer isto espero que as publicitem, bem como a vinda aqui ao meu "little corner", numa jogada minha à laia d'"o fruto proibido é o mais desejado"). - Tó Pegane : história de um filho de uma ex-emigrante "na França" (daí a sempre típica mescla do nome António com o Pegane do francês com quem a senhora se casou). O rapaz entra para a Força Aérea, e depois há para lá umas intrigas. Ah! Na cena mais espectacular do filme, Tó Pegan faz um cozido à portuguesa, utilizando para aquecimento dos ingredientes a barriga

na moda

Está na moda escrever sobre o amor. O truque é pintar o dito de lugares comuns e adornar o produto final com duas ou três asneiras das pesadas para emanar pseudo-rebeldia. O conjunto de palavras é tão bonito e tem uma força tão positiva que o que está mesmo a pedir é para ser posto num rectângulo, acompanhado de uma imagem do pôr-do-sol/paisagem verdejante/gatinhos/silhueta de um ou dois corpos (riscar o que não interessa) e feito, está pronto a sair do forno para esse sufrágio universal que são as redes sociais. Está na moda gostar dessa visão do amor. Que tenta copiar alguns traços dos mestres mas que os copia mal e porcamente, borra a tinta toda, mas encontra destinatários com a visão tão baça que nem dão por isso. Dantes havia o condão de ficar preso às letras do Shakespeare, do James, do Cummings e de tantos outros. Todos eles vieram por aí fora, ainda há bem pouco tempo dava para jogar à macaca com o Cortázar, mas está tudo a trocar a macaca por meia dúzia de macacos, que ap

Reset

00:00 Os números piscavam a vermelho no fundo escuro. O escuro era da noite por fora, por dentro a culpa não era da noite. Ou então era de noite também por dentro. Dentro da cabeça uma pulsação contínua, um incessante martelar, uma inequívoca prova de vida e um considerável incentivo à morte. O dia rodava dentro da caixa craniana a uma velocidade superior àquela com que camisolas, calças e roupa interior dançam dentro da máquina de lavar roupa. As ideias misturavam-se de tal modo que apenas se conseguia lembrar da receita de um bolo. As preocupações de ontem a fazer de farinha, o que de novo aconteceu nesse dia mascarado de fermento, todos os planos para amanhã e depois com cara de ovos acabados de deslizar casca fora. E a vida, essa batedeira eléctrica de último modelo, a tratar de misturar tudo com a pressa de quem tem fome e gulodice. Sorriu no escuro e sentiu felicidade por sentir os músculos da face a relaxar. Uma das melhores coisas que o sorriso tem é a capacidade de pôr as