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Os filmes de animação que ninguém viu



Todos os anos as salas de cinema se enchem de míudos e graúdos, destinados a ver as mais recentes pérolas de animação, vulgo desenho animado. O problema é que uma data de filmes de animação não chegam às salas, nem sequer ao DVD...

A vossa sorte é este grande (e humilde) blog ter a enorme (e modesta) possibilidade de vos fazer uma sinopse dos filmes que ninguém viu. Se depois os quiserem ver, trocamos DVDs destes filmes com semanas de férias em time-sharing (de preferência no aldeamento turístico Las Palomas, ao pé de Almería, onde a senhora da recepção é uma jóia de pessoa).

Sheko
- História de um sobrinho afastado do Incrível Hulk, naturalmente verde de tonalidade, e natural da pequena aldeia de Brnocesky, sita na República Checa. O pequeno Sheko cresce pensando que ninguém é mais feio do que ele, até ao dia em que a família monta em casa uma antena parabólica e apanham o Carlos Castro a falar na RTP Internacional. De súbito Sheko desenvolve uma paixão sem fim (não, não é pelo Carlos Castro) pela dona Sónia Araújo e resolve iniciar um périplo até aos estúdios da Edipim no Reino do PIB mais baixo da Europa Lá Longe Bem Longe. O fim logo vêem, mas levanto um pouco o véu para vos dizer que Manuel Luís Goucha tem um papel fundamental na história, tentando vestir à sua imagem o pobre Sheko.


Toy História
- Com recurso a desenhos muito "manga" é-nos trazida pela Dreamworks a história de Toy, desde petiz a correr descalço em Setúbal, até à sua idade adulta, em que ganhou o dom de inventar uma letra no momento sobre tudo o que se passa na sua vida.


A Idade do Mello
- Um grupo de mamutes da era glaciar apercebe-se da privatização imediata da maior parte dos icebergs, bem como da necessidade de procederem à aquisição imediata de planos de poupança reforma, para assegurar a sua liquidez financeira aquando do possível degelo.

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À terceira é de vez!!!

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Está na moda escrever sobre o amor. O truque é pintar o dito de lugares comuns e adornar o produto final com duas ou três asneiras das pesadas para emanar pseudo-rebeldia. O conjunto de palavras é tão bonito e tem uma força tão positiva que o que está mesmo a pedir é para ser posto num rectângulo, acompanhado de uma imagem do pôr-do-sol/paisagem verdejante/gatinhos/silhueta de um ou dois corpos (riscar o que não interessa) e feito, está pronto a sair do forno para esse sufrágio universal que são as redes sociais. Está na moda gostar dessa visão do amor. Que tenta copiar alguns traços dos mestres mas que os copia mal e porcamente, borra a tinta toda, mas encontra destinatários com a visão tão baça que nem dão por isso. Dantes havia o condão de ficar preso às letras do Shakespeare, do James, do Cummings e de tantos outros. Todos eles vieram por aí fora, ainda há bem pouco tempo dava para jogar à macaca com o Cortázar, mas está tudo a trocar a macaca por meia dúzia de macacos, que ap

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