(homenagem ao la fontaine, adoro histórias com animais)
era uma vez, num reino muito muito distante, longe de todos os outros (pelo menos na maioria dos indíces económicos), um sistema em que meia dúzia de gordos mandavam sobre milhares de magros.
os gordos tiveram mais do que tempo para fazer dietas, mas nunca o fizeram. a vontade de comer gerava ainda mais vontade de comer e uma bola de neve fazia-os canibalizar mais magros, um a seguir ao outro. os magros, claro, passavam o dia a trabalhar para alimentar os gordos. por todo o reino gretavam as mãos na terra, suavam o sol na pele, trabalhavam, mais que de sol a sol, de lua a lua, e ainda assim tentavam manter o sorriso de quem está feliz. caíam no erro de acreditar nos gordos, que lhes prometiam mundos e fundos, quando, na verdade, para além de comer os magros, só se sabiam ajudar entre si.
como se isto não fosse suficiente os gordos ainda viviam sob o signo da conspiração. na plena noção do mal que faziam aos magros, no medo constante de perder o seu alimento e as bases que lhes promoviam os adipócitos, viviam na cobardia de não responder a algum magro que os desafiasse e a apagar a tentativa de qualquer magro de saltar fora do caminho que lhe estava estabelecido. em vez de responder à confrontação, escondiam-se por trás da sua própria incapacidade de justificar o que não tem justificação.
cometeram um grave erro, o de não se consciencializarem que os gordos, tal como os magros, não duram para sempre. e que a terra, onde tudo acaba, até agradece ter mais para comer.
era uma vez, num reino muito muito distante, longe de todos os outros (pelo menos na maioria dos indíces económicos), um sistema em que meia dúzia de gordos mandavam sobre milhares de magros.
os gordos tiveram mais do que tempo para fazer dietas, mas nunca o fizeram. a vontade de comer gerava ainda mais vontade de comer e uma bola de neve fazia-os canibalizar mais magros, um a seguir ao outro. os magros, claro, passavam o dia a trabalhar para alimentar os gordos. por todo o reino gretavam as mãos na terra, suavam o sol na pele, trabalhavam, mais que de sol a sol, de lua a lua, e ainda assim tentavam manter o sorriso de quem está feliz. caíam no erro de acreditar nos gordos, que lhes prometiam mundos e fundos, quando, na verdade, para além de comer os magros, só se sabiam ajudar entre si.
como se isto não fosse suficiente os gordos ainda viviam sob o signo da conspiração. na plena noção do mal que faziam aos magros, no medo constante de perder o seu alimento e as bases que lhes promoviam os adipócitos, viviam na cobardia de não responder a algum magro que os desafiasse e a apagar a tentativa de qualquer magro de saltar fora do caminho que lhe estava estabelecido. em vez de responder à confrontação, escondiam-se por trás da sua própria incapacidade de justificar o que não tem justificação.
cometeram um grave erro, o de não se consciencializarem que os gordos, tal como os magros, não duram para sempre. e que a terra, onde tudo acaba, até agradece ter mais para comer.
Comentários