Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

O meu momento Professor Marcelo

Hoje apetece-me comentar. No meu esforço de revisitar posts antigos aqui do meu estaminé. Quando não fui eu dar com os comentários devidamente preenchidos ao meu post sobre o Tony Carreira. Isto um tipo já sabe, neste país ninguém se pode meter com assuntos sagrados como Fátima, o Fado, o Futebol e o Tony Carreira. Mas como eu sou audaz meti-me como ele... salvo seja... Eu não venho para aqui mandar vir com comentários alheios, porque se eu tenho a opção de comentários é porque gosto de saber o que as pessoas acham dos posts. Por isso até fiquei bem contente por receber acérrimas defesas do referido cantor. Isto porque sou um democrata. Também sou um psicopata, mas isso não interessa tanto para o presente assunto. Dentro desse espírito de democracia, resolvi que hoje não vou comentar em estilo galhofeiro nenhuma bela trilha do Tony Carreira, mas vou isso sim comentar os dois comentários que me fizeram, esperando assim obter, quiçá, mais algumas respostas irritadas e acesas... É que est...

Iscrever male é qui é, tá-çe beim

Hoje à hora de almoço deparei-me com mais um dos frequentes erros que enchem de glamour as barras noticiosas dos telejornais. No caso, a TVI noticiava que "Um Rally-Paper tinha sido a forma escolhida para comemorar o aniversário do Conselho da Trofa". Não sei que Conselho da Trofa será esse... se um conjunto de pessoas iluminadas, se uma comissão destinada a avaliar a Trofa, se o que seja. Mas seja o Conselho o que for, era agradável que aconselhassem a jornalista responsável pela escrita das ditas barras a aprender a diferença entre um Concelho e um Conselho, talvez até entre uma Descriminação e uma Discriminação, ou temas do género. Aí sim, o conselho levaria ao bom uso do concelho.

As estrelas são cegas

Ter um pai dono da cadeia Hilton permite uma catrefa de extravagâncias, desde aparecer em vídeos pornográficos caseiros na internet a ver músicas produzidas por grandes estúdios. Vamos ver como Paris coordena tão vastas actividades nesta análise da letra de "Stars are Blind". "I don't mind standing sometime Just hanging here with you (será uma homenagem ao cãozinho Tinkerbell?) Cause I don't find too many guys That treat me like you do (ai não, afinal é a um dos famosos matulões...) Those other guys all wanna take me for a ride (ela não, são eles...) But when I walk they talk of suicide Some people never get beyond their stupid pride (é verdade... preconceituosos!) But you can see the real me inside (consta que sim, consta que sim...) And I'm satisfied oh no oh Chorus: Even though the gods are crazy (pois, quem paga agora são eles) Even though the stars are blind (são elas e o Stevie Wonder) If you show me real love baby (até já os bebés são metidos ao barulh...

O meio-dia e a pseudo-xenofobia

O Verão, ai o Verão... Tempo de praia, calor, bebidas frescas, pessoal despassarado a sair com o carro à toa pelas ruas das vilas de veraneio, enfim, uma maravilha. Como amante do Verão que sou, lá andei a aproveitar-me de umas praias portuguesas, e rapidamente cheguei à conclusão de que algo de estranho se passava com os meus horários. Porque sempre que saía da praia ao meio-dia e pouco deparava-me com filas intermináveis, de famílias completas (e isso inclui o frango e as batatas Tititi que trazem para o almoço), em direcção contrária à que eu tomava. Segundo a A, isso tem uma explicação. Quem vai ao meio-dia para a praia sabe que os tontos que de lá saiem ao meio-dia vão deixar um lugar vago e é isso que justifica a sua ida a essa hora. O que se consegue com isso é algo como um lagosta-style parecido com o da imagem que encabeça o post, mas o objectivo final de quem vai a essa hora é ficar idêntico ao senhor da imagem do post de baixo, de onde vem o meu conceito de pseudo-xenofobia....

Eu participo!

Os professores das crianças que copiam mais porque vivem num país corrupto (ver o post abaixo deste) receberam agora a notícia de que os encarregados de educação vão participar na avaliação da qualidade dos professores. Perante a indignação geral, a Ministra da Educação aprontou-se a dizer que a participação dos encarregados seria "minimalista". Em primeiro lugar, para mim seria deveras interessante que colocassem como ministros do meu país pessoas que conhecessem o significado das palavras, e penso que aqui a nossa Ministra quereria dizer "mínima" e não "minimalista", uma vez que estou a imaginar os pais a preencher a avaliação... "Ó Mário, o que achas disto, vou pôr aqui uns floreados nesta linha da avaliação, e depois se calhar um estilo mais barroco na parte de baixo, quem sabe com uns dourados e umas purpurinas espalhadas..." "Não, não, Jacinta, não te esqueças que a avaliação tem de ser minimalista. Escreve só o que achas, a preto com ...

A lógica da batata

É hoje notícia no Diário de Notícias a brilhante descoberta de que os "Alunos copiam mais nos países mais corruptos". Esta notícia é realmente surpreendente. Eu fui mesmo, pode dizer-se, apanhado de surpresa, uma vez que sempre pensei que quem copiasse mais fossem os finlandeses, suecos, dinamarqueses, noruegueses e canadianos. Aliás, tenho já a capacidade de prever novas notícias para breve, em registo semelhante: "Cidadão dos países mais corruptos fogem mais aos impostos" "Pessoas que mais ficam a dever o que pediram emprestado encontram-se nos países mais corruptos" "O nível de condução é consideravelmente pior nos países mais corruptos" "Há mais baixas fraudulentas nos países mais corruptos" Tudo notícias que derivam de uma investigação jornalística brilhante e muito muito minuciosa. Precisámos de anos e anos para chegar a tais conclusões. Parafraseando os DZR'T (que também são triunfadores num país mais corrupto, sem que disso...

O post sério

Este não é para rir, mas sim para aplaudir. Falo da medida da Presidente da Câmara de Vila de Rei, em "importar" 60 famílias brasileiras até final de 2008, para trabalhar em vários postos de emprego do concelho. O concelho, situado exactamente no centro geográfico do país, até não apresenta taxa de desemprego considerável, mas debate-se com a realidade de muitos dos que lá trabalham serem residentes nos concelhos limítrofes. Esta medida é assim um tiro no alvo, na direcção de fixar habitantes no concelho a curto prazo, e de tentar até aumentar as taxas de natalidade a médio ou longo prazo. Não faço a mínima ideia da cor política desta presidente, mas nem me interessa. Tiro o chapéu à ideia, que não é aliás original, porque segue a forma inteligente como, por exemplo, americanos e australianos utilizam a imigração para povoar zonas desertificadas dos seus vastos territórios e não só e apenas para engarrafar ainda mais as grandes cidades.