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O meu muito muito obrigado!



Eu confesso: detesto chapéus de chuva!

E o dia de hoje fez-me saltar a tampa desta raiva guardada durante muitos anos no mais profundo dos sulcos cerebrais. Como tal, quero daqui endereçar o meu muito muito obrigado ao senhor inventor do chapéu de chuva.

Até podia ter pesquisado quem foi tal pessoa e qual a data de invenção do utensílio, mas se o meu obejctivo é pura e simplesmente ser ofensivo para com esse indivíduo, não fará muito sentido tornar o post demasiado científico!

Levar com água da chuva em cima faz mal? Depende... do sistema imunitário de cada um, da quantidade de água, da roupa que cada um leva vestido. Enfim... há um sem número de possibilidades a explorar, desde um bom blusão a uma boa reza a São Pedro para jogar com estas variáveis.

Agora... um chapéu? Um estorvo que já não tem arrumação quando seco e fechado, estorvo esse que cresce exponencialmente quando molhado e semi-aberto. Ninguém sabe onde arrumar um chapéu molhado, levá-lo na mão é incómodo, pouco prático e irritante. A menos que se seja um daqueles putos pouco imaginativos, que vão sempre a bater nos colegas do lado com o seu utensílio pessoal mais parecido com uma espada da Idade Média.

E quando chove e abrimos o chapéu... mais uma vez é brilhante... O sistema de varetas (hello!!! Varetas cheira a idade do ferro...) faz tudo o que estiver ao seu alcance para se encravar ou mesmo partir e a chuva, actuando em sádico conluio com o chapéu, junta-se ao vento e encaminha-se para a nossa pessoa praticamente na horizontal. Claro está que isto nos obriga a pôr o chapéu meio enviezado e, como tal, deixamos de ver para a frente.

Conclusão... quando damos por nós estamos dentro de uma poça gigante (que não vimos), com água pelos joelhos, a proteger não sabemos bem que parte do corpo... e no final de contas bem mais molhados do que se não usássemos a porcaria do chapéu!

"Olha o chapéu, é 5 Euros!", gritam eles à entrada do Metro. 5 Euros? Não, só se me pagarem uns 20 é que fico com isso...

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