no mercado dos sentimentos, nunca há duas manhãs iguais. não podia ser de outra forma. afinal é um mercado sem compradores ou vendedores, apenas trocadores. desde que foi inventado (na minha cabeça, já só falta registar a patente) tem sido a melhor experiência-piloto de sempre. embora não goste de dar à minha experiência nomes de cães que roubam bouquets de casamento, para que fique claro.
dentro deste mercado ouve-se perguntar:
“ não quer levar um bocadinho de saudade? hoje está aqui que é uma maravilha! saudade tenra como já não se faz ”
“ não, obrigadinho, deixe lá. já levo aqui trezentos e cinquenta de nostalgia. depois são sentimentos a mais para o fim de semana ”
“ então e euforia? se leva nostalgia, porque é que não a salteia e acompanha aqui com esta euforiazinha que está mais fresca do que a manhã?”
“ hmm, e quanto custa?”
“ olhe, só porque é para si faço-lhe a cinco beijos o quilo!”
“ oh, muito obrigado. ponha lá meio quilo então, que dias não são dias”.
e andamos nisto. durante as vinte e seis horas e oitenta três minutos que o dia tem. num passo vamos da banca da raiva em pó ao gratinado de ódio. descendo as escadas (cuidado para não escorregarem, porque alguém desajeitado entornou uma caixa de avareza há coisa de cinco minutos), chegamos à zona favorita de todos, onde o cheiro do amor se envolve com a textura do prazer e a imaculada da bondade joga à apanhada com a fugitiva luxúria.
bolas, esqueci-me da carteira! alguém tem um beijo ou abraço que me empreste?
dentro deste mercado ouve-se perguntar:
“ não quer levar um bocadinho de saudade? hoje está aqui que é uma maravilha! saudade tenra como já não se faz ”
“ não, obrigadinho, deixe lá. já levo aqui trezentos e cinquenta de nostalgia. depois são sentimentos a mais para o fim de semana ”
“ então e euforia? se leva nostalgia, porque é que não a salteia e acompanha aqui com esta euforiazinha que está mais fresca do que a manhã?”
“ hmm, e quanto custa?”
“ olhe, só porque é para si faço-lhe a cinco beijos o quilo!”
“ oh, muito obrigado. ponha lá meio quilo então, que dias não são dias”.
e andamos nisto. durante as vinte e seis horas e oitenta três minutos que o dia tem. num passo vamos da banca da raiva em pó ao gratinado de ódio. descendo as escadas (cuidado para não escorregarem, porque alguém desajeitado entornou uma caixa de avareza há coisa de cinco minutos), chegamos à zona favorita de todos, onde o cheiro do amor se envolve com a textura do prazer e a imaculada da bondade joga à apanhada com a fugitiva luxúria.
bolas, esqueci-me da carteira! alguém tem um beijo ou abraço que me empreste?
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