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Estranho mais estranho... não há!



Depois de sair de Las Vegas de carro em direcção a norte... deparamo-nos com umas boas seis ou sete horas de... nada! Deserto, cactos, poeira, recordações de assassínios em filmes, e por aí fora.

Lá para o fim da tarde, chega-se à pequena localidade de Lee Vining. Para vos dar uma ideia... nunca me tinha sentido tão dentro de um episódio dos Ficheiros Secretos. É que esta aldeia é mesmo perturbante. Para começar... o facto de estar muito distante de qualquer outro foco de vida humana já dá que pensar. Depois... está à vista do mais estranho lago à face da Terra, o Mono Lake... que é um lago salgadíssimo (resquício de um antigo mar), do meio do qual emergem estranhas formações piramidais... ao que parece também feitas de sal.

Como se isto não bastasse... a rua principal de Lee Vining é a estrada, e entre a placa de entrada e a de saída na terrinha... vão escassos metros. E só há uma fila de casas de cada lado da estrada...

E depois... tem um motel, um café e um restaurante.

No dia em que cheguei, fui jantar ao restaurante, de qualidade nada recomendável... No dia seguinte, fui tomar o pequeno-almoço ao café e... não é que os empregados eram rigorosamente os mesmos da noite anterior? Mas isso não é o mais arrepiante. É que tinham fardas diferentes... e até chapéuzinhos diferentes... e não é que o pequeno-almoço até era espantosamente bom??? E a cozinheira devia ser a mesma...

Contente de sair vivo de Lee Vining... algo de estranho se passa ali...

Vale pelo céu límpido, que à noite deixa ver aviões, cometas e estrelas de uma forma impressionante!

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