Hoje em dia há telemóveis impressionantes. Quem diria há alguns anos que dentro de pouco tempo iria ter todas estas funcionalidades? Quem se imaginava a passar o tempo a premir intensamente um teclado minúsculo para jogar jogos fantásticos, coloridos, viciantes? Que se desenrolam num ecrã hiper-mega-pixelizado com uma tera-giga-definição...
Quem pensava também poder captar momentos únicos, ali... na palma da mão... sem ter de andar com uma saca de cimento fotográfico às costas? Espectacular... têm boa qualidade as fotos... ena! Até têm zoom estas máquinas fotográ... oooooops...estes telemóveis, quero eu dizer! E têm luzinhas, de várias cores, com funções múltiplas: dizem no manual que dá para auxiliar de abrir a porta de casa, com más condições de luminosidade. Ainda bem! Se bem que dantes as minilanternas eram mais baratas...
E... o quê? Será possível? É mesmo... isto também grava vídeos! E posso mandá-los para outras pessoas, aliás as fotos também... Incrível!!!
Vou telefonar a alguém para contar estas novidades excitantes!!!
Que chatice... uma falha na ligação! AH, já deu! Estou? Estás a ouvir? Sim, eu estou-te a ouvir... Quer dizer, não muito bem... Experimenta mexer-te... Não, ainda não estou a ouvir melhor... Vai para outro lado... Não, ainda não... Tenta mudar o telemóvel de posição... O quê??? Eu disse que levava o automóvel para a procissão??? Nada disso, estás a fazer confusão... Olha, vou desligar, não te estou a ouvir bem! Falamos mais tarde! Ou então manda uma mensagem...
Caros fabricantes de telemóveis: o que vos custa criar um aparelho cujo ponto forte seja a qualidade de conversação?
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