Avançar para o conteúdo principal

Um Ano a Servir Portugal



(cenário em que esta cena se vai passar: uma lareira em que a lenha arde lentamente, uma cadeira, um quadro com uma paisagem, eu sentado, perna cruzada, mãos cruzadas, todo um ar familiar, exceptuando ter a minha cabeça dentro de uma laranja de um "gigantone" do Carnaval de Torres)

Boa noite Portuguesas e Portugueses. Faz hoje um ano que o Oranginalidade veio ao mundo. Depois de um parto difícil, com muito muco e sangue à mistura, começámos a ver a luz do dia e, progressivamente, a ganhar o nosso espaço (ainda que ínfimo) na blogosfera. Porque o Natal foi há pouco tempo, devo dizer-vos que é bonito perdoar! E como tal, espero que todos perdoem o facto de terem existido alguns períodos de menor criatividade ou de falta de tempo, em que o blog não foi actualizado. E porque é bonito perdoar, também não vos fica muito mal desculpar a falta de piada de muitos dos posts aqui publicados. Mas sabem como é, os dementes como nós... também têm direito à vida.

Neste dia de comemoração, não posso deixar de fazer uma referência especial ao Desencantos, cujo autor me estimulou a dar os primeiros passos, e a saber que era possível partilhar os meus desvarios com toda esta comunidade que aqui se cria. Também bem cedo, o Incomensurável foi ponto de entrada para muitos que aqui vieram, bem como o Alguidar Pneumático, em que estivemos inclusivamente, numa semana, no Top dos Melhores Blogues.

Depois disso, os meus colaboradores também se juntaram ao barco (ou à laranja, neste caso) e também eles estão de parabéns. É de salientar que alguns deles até têm os seus espaços próprios, como a Joana (fonte de muitas entradas aqui também) ou a Tangerina. O Zé e a Ana são colaboradores muito especiais, e eles sabem porquê! :D

Por último, dedico este ano de escrita aos leitores, ao nosso público. Sem vocês continuaríamos a fazer sentido (bolas, não é isto que se costuma dizer...)! Mas quase nenhum. É a vossa entrada, diária ou ocasional, neste espaço, que nos estimula a todos a debitar energia no teclado e tentar fazer com que o vosso dia se torne mais alegre e mais oranginal.

Obrigado a todos,

João Pedro Lopes

(bolas, que ainda é um discurso maior que o dos políticos... mas prometo que não passei páginas)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

À terceira é de vez!!!

Como tenho muita lata... este post é na linha de dois recentes... (um deles mesmo recentíssimo, o meu último) e trata da adaptação, não de séries (porque somos muito oranginais por estas bandas e isso depois na verdade tornar-se-ia repetitivo... quer dizer... até parece que assim não...), mas sim de filmes estrangeiros, para português. São novidades muito secretas e portanto só espero que tenham bastante cuidado na divulgação das mesmas (ao dizer isto espero que as publicitem, bem como a vinda aqui ao meu "little corner", numa jogada minha à laia d'"o fruto proibido é o mais desejado"). - Tó Pegane : história de um filho de uma ex-emigrante "na França" (daí a sempre típica mescla do nome António com o Pegane do francês com quem a senhora se casou). O rapaz entra para a Força Aérea, e depois há para lá umas intrigas. Ah! Na cena mais espectacular do filme, Tó Pegan faz um cozido à portuguesa, utilizando para aquecimento dos ingredientes a barriga

na moda

Está na moda escrever sobre o amor. O truque é pintar o dito de lugares comuns e adornar o produto final com duas ou três asneiras das pesadas para emanar pseudo-rebeldia. O conjunto de palavras é tão bonito e tem uma força tão positiva que o que está mesmo a pedir é para ser posto num rectângulo, acompanhado de uma imagem do pôr-do-sol/paisagem verdejante/gatinhos/silhueta de um ou dois corpos (riscar o que não interessa) e feito, está pronto a sair do forno para esse sufrágio universal que são as redes sociais. Está na moda gostar dessa visão do amor. Que tenta copiar alguns traços dos mestres mas que os copia mal e porcamente, borra a tinta toda, mas encontra destinatários com a visão tão baça que nem dão por isso. Dantes havia o condão de ficar preso às letras do Shakespeare, do James, do Cummings e de tantos outros. Todos eles vieram por aí fora, ainda há bem pouco tempo dava para jogar à macaca com o Cortázar, mas está tudo a trocar a macaca por meia dúzia de macacos, que ap

Reset

00:00 Os números piscavam a vermelho no fundo escuro. O escuro era da noite por fora, por dentro a culpa não era da noite. Ou então era de noite também por dentro. Dentro da cabeça uma pulsação contínua, um incessante martelar, uma inequívoca prova de vida e um considerável incentivo à morte. O dia rodava dentro da caixa craniana a uma velocidade superior àquela com que camisolas, calças e roupa interior dançam dentro da máquina de lavar roupa. As ideias misturavam-se de tal modo que apenas se conseguia lembrar da receita de um bolo. As preocupações de ontem a fazer de farinha, o que de novo aconteceu nesse dia mascarado de fermento, todos os planos para amanhã e depois com cara de ovos acabados de deslizar casca fora. E a vida, essa batedeira eléctrica de último modelo, a tratar de misturar tudo com a pressa de quem tem fome e gulodice. Sorriu no escuro e sentiu felicidade por sentir os músculos da face a relaxar. Uma das melhores coisas que o sorriso tem é a capacidade de pôr as